“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em direitos e dignidade. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade. (Paris, 10 de dezembro de 1.948 – Declaração Universal dos Direitos Humanos)
Mais de 07 (sete) décadas são passadas. Olhemos ao nosso redor. Olhemos para todos os lados. Reflitamos. Dá para dormir o sono dos justos? O que seria de todos nós se Deus não fosse misericordioso?
De tempos para cá, que nem se pode precisar, o tema DIREITOS HUMANOS passou a ter conotação pejorativa. Falar em direitos humanos às vezes é mais feio que falar palavrão ou proferir impropérios.
Incompreensível que isso ocorra num estado que se pretende de direito, livre, democrático e até que se diz cristão, como o nosso. Assusta ver a aversão de certos detentores do poder, até de técnicos e responsáveis pela aplicação do DIREITO e da LEI, às medidas em defesa dos DIREITOS HUMANOS. Quando não se vê ira, no mínimo ironia ocorre.
Todos devem se empenhar em praticar a verdadeira DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS. É um trabalho sério, com o qual ninguém de elementar bom senso pode discordar. Por que alguns grupos radicais exacerbam nesse assunto?
Porque aqueles que podem e devem, por ter maiores condições, omitem-se. Tencionamos somar forças e buscar sua convergência junto a segmentos, entidades públicas ou não, autoridades representativas, movimentos religiosos, comunitários, associativos, filosóficos, que têm como objetivos a filantropia e a promoção da pessoa humana.
Lutar pelos DIREITOS HUMANOS para nós é algo que interessa a todos e a cada um em particular. É a busca do RESPEITO E PROTEÇÃO DA VIDA E DA DIGNIDADE DA PESSOA, independentemente de sua condição social ou segmento a que pertence.
Afinal, o sequestro de pessoas importantes, de seus familiares, não raro com morte e outros sofrimentos, é ou não grave ofensa aos direitos da pessoa? Que ofensa pode ser maior que os assaltos, latrocínios, estupros? Os autores não distinguem a classe da vítima. E o que fazer com os perversos autores? A LEI responde.
Evidentemente que a aplicação da Lei, no que concerne aos direitos humanos, depende da existência de um governo que seja capaz de manter a ordem com energia e integridade, assegurando o livre exercício dos poderes e o cumprimento da lei.
Necessário, outrossim, um Legislativo que realmente represente as aspirações da sociedade, e não um em que seus representantes, que se dizem do povo, sejam pessoas mais preocupadas em manter o status e cuidar dos interesse pessoais e familiares.
A violencia institucional repugna a sociedade civil, deixando-a atônita, desarticulada e impotente para exigir que o Estado implemente políticas públicas sérias e adequadas ao fomento do desenvolvimento e redução da miséria em que vive grande parte do povo brasileiro.
A declaração dos direitos da pessoa e o advento dos instrumentos processuais protetores dos direitos básicos inseridos na Constituição não foram suficientes para coibir o crescimento da violência.
É preciso reconhecer que existem obstáculos e dificuldades, mas a história da humanidade demonstra que é possível avançar no sentido de construir uma sociedade mais justa, onde todos sejam livres e iguais em direito e dignidade. A propósito , no último dia 10 – DIA UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, em Governador Valadares, na metrópole do Leste de Minas, houve algo a ser comemorado? Os que gozam de posição mais favorecida devem usar como esperança os direitos já conquistados, transmitindo a outros a consciência dos direitos e dando as mãos aos que, de uma forma ou outra, lutam pela JUSTIÇA.
(*) Ex-atleta
N.B. 1- Aos críticos do mundo esportivo, o alerta de que o texto guarda consonância com os propósitos do Projeto Pingo D’Água. Informem-se.
N.B.2- Sobre o XVI Encontro Virtual da boleirada, ocorrido ontem, certamente algum comentário constará da próxima coluna, querendo o Criador.