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Vem aí uma nova pergunta

Por Luiz Alves Lopes (*)

Quase duas décadas são passadas em que nos corredores de escolas, faculdades e universidades, nas igrejas em que se prega o Cristianismo e em inúmeros outros espaços públicos e privados, panfletos, cartazes e dizeres de forma bem pensada fizeram menção a algo novo no cumprimento da pena privativa de liberdade na Comarca.

Proliferou a indagação/pergunta por parte de muitos, inclusive dos curiosos: O que é esta tal de APAC de que fala o doutor Luizinho? Qual é ou será a pretensão dele e dos loucos que o acompanham? A resposta pode ser encontrada no bairro Santa Rita, onde no passado funcionou o revoltante CENISA. Uma Unidade Feminina da Apac em Valadares se tornou realidade. A unidade masculina, querendo DEUS, surgirá…e não demorará muito, se considerarmos que Moisés caminhou com seu povo durante 40 anos.

O Papo é de Boleiro, para boleiros e para outros tantos que lutam e sonham com dias melhores, que pensam ser possível dar dignidade a quem nunca a teve, ou mesmo restabelecê-la para quem a perdeu. Falamos de seres humanos em vulnerabilidade social.

Nos últimos 16 anos brincamos de fazer encontros de boleiros no final do ano, nas proximidades do Natal, oportunizando rever amigos e colegas do mundo esportivo, tomar uma gelada, saciar o macarrão na chapa feito pelo Pacumã, ouvir uma (nem sempre) boa música, ouvir  ‘causos’, atender o Bolívar e outras coisitas mais.

De forma discreta, sem sensacionalismo, parte dos recursos auferidos nos encontros passou a ser encaminhada a algumas instituições assistenciais, afora pequenos auxílios a pessoas do mundo esportivo que apresentam suas carências e necessidades.

Na caminhada dos BOLEIROS, muitos não mais estão entre nós. Foram chamados pelo Criador. Outros tantos desanimaram, estando  sentados à beira do caminho. Há ainda os contrários, os céticos, os pessimistas, os desinteressados e os indiferentes. A isso chamamos livre arbítrio.

Há um grupo bastante heterogêneo. Para todos os gostos. Com letrados e não letrados. Alguns questionadores e outros tantos bem participativos. Impõe-se uma liderança. Não uma liderança raivosa. Ao contrário, sadia, discreta e, se não for pedir muito, que seja uma liderança cristã. Há um projeto em GESTAÇÃO.

Discreta, mas de maneira firme e consistente, já surge uma nova pergunta: O QUE É O PINGO D’ÁGUA? Em que consiste? Qual é o propósito? Tem conotação política? Não se trata de algo mirabolante, fruto da vaidade de alguém?

A Bíblia, o livro sagrado, apregoa que neste mundão que tem dono “nada acontece se não for da vontade do Criador”. Deus quer coisas boas acontecendo no seu território e certamente o teremos como avalista e fiador de um projeto voltado para pequenas ações solidárias.

Projeto que em pouco tempo se tornará um PROGRAMA sério, responsável e comprometido com as causas de pessoas em vulnerabilidade social, em especial as do mundo esportivo de Governador Valadares. Oportunidade ímpar para que nossa vida terrena tenha sentido.

A celeridade pretendida por alguns, com sólidos argumentos, esbarra nas dificuldades naturais quando se busca construir um algo novo, desafiador e duvidoso para muitos. Afinal, querem mesmo atuar no campo da assistência social, um dever do Estado? (leia-se União, estados e municípios).

Existem pessoas que sonham. Sonhos possíveis. Sonham em fazer o bem. Em minimizar o sofrimento alheio. E, aqui e agora, o raio de ação alcança exatamente o mundo por muitos vivenciado. O projeto delimita a área de ação: pessoas do mundo esportivo valadarense em estado de vulnerabilidade social.

Novamente o registro da pergunta: O QUE É O PINGO D’ÁGUA? É uma ideia, um projeto, uma tentativa de identificar pessoas do mundo esportivo, famosa ou não famosa, que viram a vida passar e que, de uma forma ou outra, com culpa ou sem culpa, com orgulho ou desdém, estão a enfrentar adversidades, desafios e sofrimentos, orientando-os  e assistindo-os.

O chamamento que se faz: venha, de alguma forma, participar desta empreitada desafiadora de fazer o bem, de minimizar sofrimentos e proporcionar novamente o sorriso no rosto daquele companheiro e companheira dos velhos tempos. Não importa que tenha sido um ferrenho adversário. A contenda ficou para trás.

PINGO D’ÁGUA: De novo? Valerá a pena? Sim. Com certeza. Podemos fazer muito, desde que unidos em um único objetivo: fazer o bem e levar solidariedade a quem precisa. Muito mais do que nos limitarmos ao ENCONTRO DOS BOLEIROS DE FINAL DE ANO. É muito pouco.


(*) Ex-atleta              

N.B.1 – Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer à frente dos trabalhos preparativos para a realização de EXPOSIÇÃO DE FOTOS esportivas que fazem parte do acervo do Pingo D’Água. A data, período de exposição e local serão  informados e divulgados oportunamente.

N.B.2 – Fiquem atentos os interessados. No último domingo de agosto, na parte da manhã, o Projeto Pingo D’Água estará realizando evento alusivo ao Dia D – Dia do Voluntariado. Oportunidade para manifestação pacífica e realização de algo concreto. Aguardem.

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

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