Dileymárcio de Carvalho (*)
A Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, quis saber dos conselheiros da Universidade qual a principal competência um profissional precisa ter para alcançar uma alta performance. Os setenta e cinco conselheiros ouvidos, disseram que a competência mais importante é o autoconhecimento e, também um diferencial para o desenvolvimento atual num mundo competitivo.
A grande questão é que nem sempre estamos conscientes dos nossos modelos mentais. Os profissionais têm comportamentos recorrentes e não se dão conta de que são negativos. Esses comportamentos expressam padrões mentais do que é uma postura profissional, de uma forma específica de executar uma atividade, liberar e até mesmo receber comando. Mas sem um acompanhamento psicológico esses comportamentos podem ser completamente equivocados.
Um gestor com padrão mental rígido pode atuar representando uma forma nada positiva de liderar uma equipe, em aspectos relacionais destrutivos e ter uma certeza interna de que a forma como age é a melhor. Assim, como passamos por treinamentos de habilidades e competências, precisamos aprender sobre autoconhecimento psicológico profissional.
Conhecer os padrões mentais nos ajuda a elaborá-los melhor e estarmos abertos para enfrentá-los, nos adequando a realidade de sentimentos e emoções que envolvem não só a nossa atuação profissional, como também as relações nas organizações.
Um padrão mental, disfuncional, mesmo que não identificado, tem efeitos nocivos no desenvolvimento profissional e também prejudica quem está próximo. Assim, o autoconhecimento é uma “Meta de Capacitação” para quem quer se desenvolver melhor profissionalmente. Aliás, esse foi um dos objetivos da pesquisa com os conselheiros de Stanford.
Sem o conhecimento de padrões mentais profissionais, o autoengano passa ser um comportamento. Para seu desenvolvimento o profissional realmente competente precisa reconhecer seus modelos mentais de atuação profissional.
Sem o conhecimento de um modelo mental é difícil desenvolver principalmente a auto liderança, estar aberto para desafios e apresentar estratégias para práticas do dia a dia.
Peter Sengue em “A Quinta Disciplina” apresenta a ideia de modelos mentais como “pressupostos profundamente arraigados, generalizações, ilustrações, imagens ou histórias que influenciam nossa maneira de compreender o mundo e nele agir”. Então, não apenas entendemos o mundo a partir dos nossos modelos mentais, mas também agimos por essas estruturas mentais.
A grande questão é que o Modelo Mental, não é uma verdade absoluta, mas criado a partir de como aprendemos crenças. Aquilo que você acredita influencia nos seus comportamentos e você pode estar completamente errado.
Alinhar o autoconhecimento ao perfil do ambiente organizacional e a posturas profissionais adequadas são uma forma de competência. Esteja aberto para ajuda psicológica e avalie se a forma como você pensa e atua sob a sua vida profissional não poderia ser completamente diferente. Agradece o seu emocional, quem está perto e você será visto como mais competente. A ajuda profissional para o desenvolvimento psicológico emocional deve fazer parte das metas de competência de um profissional nesses tempos.
(*) Dileymárcio de Carvalho
PSICÓLOGO CLÍNICO COMPORTAMENTAL CRP-04/49821
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