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Festas de fim de ano requerem atenção nos condomínios

Cleuzany Lott (*)

Enfim, o Natal chegou! Entramos na reta final de 2022. Tempo de viajar ou receber visitas para as festividades e férias escolares.

Nesta época a atenção com a segurança e com as regras de convivência devem ser redobradas. Porque mais gente circulando na área é tão preocupante quanto o condomínio vazio.  

Quando o fluxo de pessoas e, ou, veículos aumenta, o relaxamento com a segurança e com as regras internas bate o recorde de reclamações. Isso é comum, já que cada residencial cria suas próprias normas. Porém, deixar uma lista com o nome dos visitantes e dos veículos na portaria é uma regra que vale para todos, por contribuir com a segurança do prédio.

A tolerância é bem-vinda em datas comemorativas, mas há limites para tudo. Portanto, por mais delicado que seja, informe aos convidados sobre vagas de garagem, volume da música, das conversas e gargalhadas, locais onde é proibido fumar e outros comportamentos que possam perturbar o vizinho.

A comunicação também deve ser feita aos prestadores de serviço, visto que alguns moradores alugam mesas, cadeiras, utensílios, encomendam  alimentos, bebidas dentre outros itens e esquecem de informar os horários de recebimento ou retirada de materiais, o limite de velocidade dentro do condomínio ou ainda sobre o local onde as encomendas devem ser deixadas.

Não custa lembrar que o morador não é culpado pelo erro do visitante, dos fornecedores ou entregadores, mas é responsável por eles. Logo, se houver alguma falha, as consequências recairão sobre o morador.

Condomínios desertos

A outra realidade neste período é condomínios desertos. Além de ser alvo de oportunistas, os apartamentos vazios podem representar riscos à segurança do prédio. Seja por uma infiltração, por um vazamento de gás ou outro problema. Por precaução, vale à pena desligar todos os eletrodomésticos, tirar os carregadores da tomada, fechar o registro de gás, além das portas e janelas.

Ao invés de deixar as chaves do imóvel na portaria, os especialistas em segurança recomendam deixá-las com uma pessoa de confiança. O síndico deve ser informado sobre o período que a unidade ficará vazia, o número do telefone de quem está com a chave, bem como se alguém está  autorizado a limpar o imóvel enquanto você estiver viajando.

Contudo, em situação de emergência ou situação de risco, como princípio de incêndio, o síndico poderá entrar no apartamento e até arrombar a porta se for preciso. Nesse caso, é imprescindível a presença de uma testemunha para acompanhá-lo.

Outra possibilidade é nos casos de maus-tratos aos animais. Infelizmente existem pessoas que viajam e deixam os bichinhos sozinhos por alguns dias. Ao sinal de abandono, o síndico deve chamar a polícia ou Corpo de Bombeiros para entrar na unidade e resgatar o bichinho.

Quem opta por morar em condomínio geralmente busca segurança e tranquilidade. Para que isso ocorra, é necessário a união de todos. Lembre-se: a riqueza de um condomínio não está, necessariamente, nas paredes e sim nas pessoas que nele habitam.

Feliz Natal!

Cleuzany Lott é advogada, especialista em direito condominial, síndica, jornalista, publicitária e diretora da Associação de Síndicos, Síndicos Profissionais e Afins do Leste de Minas Gerais (ASALM).

Comments 2

  1. hilda amaral moreira says:

    Como proceder com um condômino q se recusa assinar multa?

    • Cleuzany Lott says:

      Olá Hilda. Chame duas testemunhas, pode ser um morador maior de idade e um funcionário do condomínio, para comprovar a entrega da notificação. Faça uma ata e guarde o documento. Abraços.

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