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ENTRE AS EMOÇÕES, REALIDADE E NECESSIDADE, COMO DEFINIR A EMPRESA QUE QUERO E O FUNCIONÁRIO QUE PRECISO?

Dileymárcio de Carvalho (*)

Já é um susto emocional o número da taxa de desemprego no Brasil: chegou a 14,6% no trimestre julho-setembro desse ano. Dados confirmados pelo IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística na última semana de novembro. Se para quem busca uma oportunidade em meio à crise é um desgaste emocional, receber um novo colaborador também significa impactos na cultura psicológica da empresa.

E a virada de ano é sempre uma busca por um emprego. Para os candidatos, mesmo em meio à pandemia do Covid 19, a distribuição de currículos e cadastros em sites de emprego, é um desgaste psicológico porque nesse momento é praticamente uma loteria conseguir uma vaga assim. Também para os profissionais de recrutamento e empresas especializadas, a seleção, mesmo diante de mais oportunidades de candidatos, se torna mais difícil à análise do perfil emocional adequado. Porque, em busca e não em “escolha” de um emprego, candidatos ocultam sentimentos e emoções pela oportunidade básica de “entrarem no novo ano” trabalhando, e tudo que temem pode ser identificar o perfil psicológico.

E no dia a dia, analisando perfis comportamentais de currículos para empresas, consigo estimar que 85% dos currículos recebidos são inadequados entre a função-vaga e o perfil emocional dos candidatos. Confirmei esse número da minha experiência em consultoria clínica para organizações, com outros três colegas profissionais de recrutamento e para um deles, esse número é ainda maior. O sentimento de frustração envolve ambas as partes.

A grande questão é: a empresa adia uma substituição, ou o futuro colaborador assume que emocionalmente está indo para a empresa que não faz parte do seu perfil psicológico? Duas questões difíceis, em que a resposta é “informação psicológica”. Ai, essas informações devem ser muito claras também para a empresa e serem de domínio do profissional.

O preço do desgaste emocional de uma contração inadequada de perfil comportamental é muito caro: no contexto cultural da empresa, deixa vulnerável a “segurança psicológica” que deve ser desenvolvida na organização para com a relação às equipes.  E em pouco tempo, se torna um processo de adoecimento do colaborador, e as consequências não são apenas os afastamentos, mas o desenvolvimento também de quadros de Burnout.

O que indico tanto para empresas como para profissionais? Testes vocacionais, que vão além da pretensão salarial, ou dos tradicionais testes da escolha da profissão. Hoje temos validados pela psicologia testes vocacionais para adequação comportamental de perfis culturais psicológicos das empresas. A validação garante, por exemplo, identificar os aspectos comportamentais do profissional, e a empresa também se avalia para entender a estrutura psicológica desenvolvida na cultura organizacional.

A análise do teste vocacional para perfil psicológico organizacional nos leva a errar menos no processo de seleção. As informações do teste vocacional permitem analisar as equivalências psicológicas da empresa.

E aqui vale uma dica importante para quem procura uma nova oportunidade: tenha em seu portfólio um teste de perfil comportamental validado por psicólogo para ser apresentado a empresa, mesmo que ela não tenha o teste como requisito próprio. Esse é um diferencial no seu currículo. E para a empresa, tenha também organizado e validado, quais parâmetros psicológicos comportamentais e emocionais procura identificar em um colaborador. É preciso fazer validação também por meio de testes de perfil comportamental da segurança psicológica da empresa. Essas são informações sobre o futuro emocional de uma relação profissional que podemos organizar.

(*) Dileymárcio de Carvalho
Psicólogo Clínico Comportamental (CRP: 04/49821)
Email: contato@dileymarciodecarvalho.com.br

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

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