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Comportamento: pensar em gente certa, para os lugares certos!

Dileymárcio de Carvalho (*)

A capacidade individual de modificar as relações com as outras pessoas é fundamental no perfil psicológico de um profissional. E há uma troca: modificamos as relações e somos modificados por elas. Então, no campo do trabalho, o aspecto técnico é apenas funcional. E aqui está toda a diferença: é preciso “pensar em gente certa para os lugares”.

Diante do ambiente cultural com normas já estabelecidas, uma pergunta que ajuda a identificar um profissional de perfil flexível é: “o que depende de mim para mudar algo que vejo que não é positivo nas pessoas e no ambiente?”. Mas, assustem, apenas dois em cada grupo de dez profissionais de uma área de tecnologia pesquisada no Brasil e Chile pela Gallup América Latina estão preocupados em “olhar para si mesmo” para tentar mudar o que os incomoda e aos colegas no trabalho.

Isso significa conformismo e também um perfil psicológico rígido. Mas o que há ainda mais com esses profissionais? Socialmente, em outras situações, eles também demonstram o mesmo tipo de comportamento. Conclusão simples, mas não simplista: há uma estrutura psicológica que acompanha esses profissionais.

Ação sobre eles? Trabalho de alinhamento de emoções, treinos comportamentais, treinos de habilidades sociais, aprendizado em autorregulação emocional e inteligência emocional. Dá sim para recuperar e modificar essa estrutura psíquica. Mas quando as empresas dão conta disso, o estrago relacional já está feito. O profissional que é competente está desgastado, rotulado de inflexível e o clima organizacional vai se enraizando com aspectos adoecedores que se incorporam à cultura organizacional da empresa.

Um diagnóstico do desgaste emocional de um profissional diante de um conflito mostra como estão os níveis, por exemplo, de capacidade de analisar as realidades emocionais do presente, perspectivas de mudanças de comportamento futuro frente à situação de desgaste, entre outros aspectos, possibilitam uma intervenção psicológica na organização como um todo e uma atuação em casos específicos.

Quando há flexibilidade do perfil psicológico, a resposta à uma intervenção sempre é: “eu não sei como mudar isso em mim, mas preciso saber como posso fazer”. Fique atento quando alguém tem dificuldades de olhar para suas posições emocionais também de forma rígida.

Então, podemos intervir. Mas o mais estratégico nesse tempo de conhecimento da Psicologia Comportamental é agir na perspectiva projetiva de perfil psicológico ainda na seleção do profissional. Isso mesmo, a análise do perfil psicológico traz todas as tendências de comportamentos disfuncionais que um profissional possa ter, ainda que tecnicamente ele tenha currículo e competência.


DILEYMÁRCIO DE CARVALHO- PSICÓLOGO CLÍNICO COMPORTAMENTAL- CRP: 04/49821
EMAIL:  contato@dileymarciodecarvalho.com.br

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

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