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Competência indelegável

Luiz Alves Lopes (*)

Ano novo, vida nova, esta é a máxima tradicional de todos nós. Antes, porém, todavia, entretanto 2021 chega com uma herança maldita que desafia a humanidade. Maldita Covid-19! Tenhamos fé no Criador do Universo. Que tenhamos vacina para todos, indistintamente.

Este ano não será igual àquele que passou, também é expressão muito usada em passagens de anos. Que assim seja em vários aspectos, situações, realizações e acontecimentos. Inclusive no tocante ao futebol amador e varzeano da terra de José de Serra Lima, sofrido e abandonado nos últimos anos.

Inaceitável numa cidade do porte de Governador Valadares, que se vangloria de feitos e realizações, que se diz preparada para saltos maiores, ver um futebol amador acéfalo, agonizante e moribundo. Saudades, muitas saudades, em contraste com um passado glorioso, rico, deslumbrante e empolgante, ainda que dificuldades e obstáculos se faziam também presentes, porém enfrentados com coragem, altivez e galhardia. Mudaram os atores?

Inimaginável e inaceitável a politização no futebol, delegando para terceiros, incluindo administração pública, o gerenciamento e administração do futebol amador e varzeano. Desta podem e devem ser recebidas ajudas outras suplementares, previsíveis, justificáveis, coerentes e que mereçam aplausos. Não o comando de tudo, ficando os atores responsáveis sentados à beira do caminho.

O Município pode e deve ter, querendo e tendo condições para tal, calendário anual de promoções e realizações de eventos esportivos de inúmeras modalidades. Se possível dando prioridade aos bairros e população periférica. Capacidade não faltará.

Torneio de Inverno, Torneio de Verão, Torneio da Primavera, Torneio Distrital, Taça Almyr Vargas, Taça Gilberto Metzker, Taça João ‘Jota’ Nunes, Taça Almir Lordes, Taça José Glória ‘Feca” Barbosa, Taça Luiz Bento ‘Marreco’ Macedo, Taça Dolfino Fernandes Chisté, Taça Mendes Barros, Taça Malvino Gonçalves Caldas, Taça Otávio Coelho de Magalhães, Taça Flávio “Cotinha’ Vargas, Taça Marcos Alves de Oliveira, taça…taça…taça….torneio…torneio…torneio…modalidades e categorias existem em profusão.

Os gestores de nossos clubes amadores e da entidade máter estão adormecidos, acomodados e inertes. Devem ser cobrados. Ao aceitarem os comandos de clubes e entidade dirigente, se sujeitaram ao enfrentamento de situações e desafios que não são de hoje. Não podem alegar desconhecimento ou que foram surpreendidos. Os problemas e desafios são os de sempre. Estão dando margem a entendimentos e raciocínios poucos recomendáveis. Oxalá que o comodismo tenha se encerrado com o ano que se foi!

O ato de gerir um clube ou entidade implica na divisão de competências, definição de cargos com respectivas atribuições. A transparência em primeiro lugar.

Cada dirigente deve ter a responsabilidade de tomar decisões relativas ao funcionamento, elaboração do calendário anual, previsão orçamentária (gastos e custos) que assegure o funcionamento correto dentro das regras apropriadas. Tudo sob análise e aprovação por grupo de pessoas denominadas conselheiras. As finanças são (ou devem ser) acompanhadas por outro grupo de pessoas (Conselho Fiscal).

Na elaboração do planejamento anual (calendário) devem ser definidas metas e ações a serem executadas durante o período. É preciso delimitar a forma com que as estratégias deverão ser implementadas para que os objetivos sejam alcançados.

Comumente se diz que “quem não tem competência não se estabeleça”. Com a maior simplicidade possível, querendo, meia dúzia de dirigentes de clubes amadores filiados à Liga de Futebol Amador de Governador Valadares podem sim fazer retornar o campeonato da cidade. Basta querer. Puxe a fila, MALEIRO!

Há uma palavrinha mágica chamada “prioridade”. Acrescentemos “vontade” e “querer”. Querer é poder. Querendo os dirigentes dos clubes, o futebol amador ressurgirá das cinzas.

Repetindo e esclarecendo: não façam de contas que as promoções esportivas do município (bem-vindas e que continuem), substituam as competições oficiais do futebol amador de Governador Valadares. São elas oficiosas e complementares.

Ao erguerem troféus conquistados em torneios promovidos pelo município, nossos valorosos craques não poderão usar a máxima de dizer: “Sou campeão amador da cidade nesta temporada”.

Quando se listam estatisticamente os vencedores dos certames oficiais da cidade, motivadores de interessantes debates na área esportiva, constata-se com tristeza e pesar que anos que não são poucos não tiveram seus CAMPEÕES pelo simples fato de que os certames não ocorreram.

GOVERNADOR VALADARES: Cidade do já teve…já teve emocionantes campeonatos amadores e regionais sensacionais (permitimo-nos usar a frase padrão do poeta maior Tião Carioca Nunes). Que este ano não seja igual àquele que passou… Ah, que falta faz José ‘Rodinha’ Pereira da Silva! Se aqui estivesse a “cobra iria fumar” e a “vaca iria tossir”.

  Ex-atleta

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal

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