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As flatulências nossas de cada dia

por Coronel Celton Godinho (*)

À primeira impressão, pode até ser estranha uma crônica sobre flatulências, aquelas do nosso cotidiano, que se iniciam quando abrimos os olhos para este mundo.

Afinal, o que são flatulências? Também chamada de flatos, que são os gases intestinais que ficam contidos no final do intestino grosso. A liberação desses flatos se chama flatulência, que pode ser voluntária ou não. Pode ocorrer em situações quando se ingere ar pela boca, excesso de fibras, carboidratos não totalmente digeridos pelo estômago e alimentos muito ricos em proteínas. E quando não há produção de enzimas para essa digestão, são digeridas por bactérias que ficam por ali, no estômago. O resultante dessa fermentação é o gás metano, de densidade 0,722 g/dm³, mais leve do que o oxigênio, tendendo a subir rapidamente e altamente inflamável, incolor e que contribui 21 vezes mais para o efeito estufa do que o dióxido de carbono. É uma ventosidade anal que pode ser ruidosa ou não, bem como expelir mau cheiro, principalmente, quando se ingere carnes.

Popularmente, a flatulência mal cheirosa é conhecida por “peido/pum”, gases com cheiro de ovo podre; carniça mesmo! E ainda fazem muito barulho. Alguns estudos mostraram que as mulheres peidam mais do que os homens, mas o fato é que o peido, pum, traque, é próprio do ser humano.

O peido não tem preconceito. Todo mundo peida! Uns conseguem “segurar”, mas outros soltam sem problema algum e muitos fedem bem!

Recordista mundial de peidos

Só por curiosidade, o recordista mundial em soltar peidos, puns, é um cidadão chamado Gerard Jessé, das Filipinas, que teve a façanha de soltar uma série de puns “soprando” cinco velas, com o auxílio de um tubo e um amigo bastante valente.

Há um fato bastante pitoresco com um amigo durante uma viagem em grupo que fizemos ao exterior há alguns anos. Ele estava comendo muito e, em virtude disso, soltava peidos ruidosos e bem mal cheirosos, porém conseguia disfarçar a situação, pois saía rapidamente de quaisquer aglomerações.

Foram passando os dias e o nosso companheiro de viagem só “piorava”. E só aumentava o volume e fedor dos seus flatos.

Em um dos dias em que ele parecia estar “podre” por dentro, ao sair de seu quarto, no hotel em que ficamos, sentiu uma forte dor de barriga enquanto aguardava com sua esposa a chegada do elevador. O coitado estava torcendo pelo peido sair ali antes de entrar no cubículo fechado do elevador, que o levaria para o andar térreo. A esposa já se afastava um pouco para evitar o fedor que poderia exalar daquela “explosão”.

Ele, ali com a esposa, parado na frente do elevador, e já pensando em voltar ao banheiro de seu quarto, já que o peido poderia vir com diarreia, eis que surgiu junto a eles, no local, um casal do mesmo grupo de viagem. Nossa! Ele não aguentou e soltou o peido ali mesmo, à queima-roupa, tiro direto. Para disfarçar, deu prontamente um salto para cima no mesmo lugar.

Salvo por um Uuuiiii

Sua esposa e o casal ficaram sem nada entender, pois o ato veio de um breve murmúrio do tipo “UUUUiii””.

Quanto ao fedor, parece que ninguém sentiu e o peidorreiro conseguiu se safar de um estrago. Então depois ele verificou que a maldita diarreia não havia apontado.

A verdade é que todos nós soltamos nossas flatulências de cada dia, uns menos, outros mais, uns com fedor e outros não.

Então, soltemos as flatulências nossas de cada dia com o cuidado necessário para não sermos flagrados e apontados como “peidorreiros”.   

Comments 1

  1. Anselmo La Rocque Santana says:

    Eu já ouvi uma história (não sei se é verídica) de que durante um culto evangélico alguém soltou um peido horroroso, daqueles de nocautear urubu. O pastor fanático, ao sentir o fedor, levantou os braços e começou a gritar:
    – Aleluia! Aleluia! Satanás apodreceu!

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