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Página especial

(*) Luiz Alves Lopes

Incorreções à parte ou mesmo desconhecimento podem ter nos levado a equívocos ou omissões no relato de determinadas situações ou acontecimentos lançados neste espaço dominical. Mas a boa vontade e disposição se fazem presentes. Estamos então conversados, Bolivar? Ou temos que consultar o Thébit? Pelo sim, pelo não, vamos em frente.

Muito se tem falado dos atores e artistas do mundo esportivo de Governador Valadares, do futebol em especial, raramente fazendo referência ou citação de agrupamento indispensável quando da realização de espetáculos. Queremos nos referir às figuras questionáveis, ofendidas, incompreendidas e execradas que são os árbitros ou juízes de futebol. Quantas injustiças cometemos e continuamos a cometer!

Aqui e agora, alicerçado no expoente maior da arbitragem valadarense, ARNÓBIO GUIMARÃES PITANGA, integrante também do quadro de árbitros da Federação Mineira de Futebol, faremos referências a um pequeno grupo de seus discípulos, desprezando critérios técnicos de avaliação, pincelando-os aleatoriamente.

* IRINEU FARIA DE OLIVEIRA– O cabo ou sargento Irineu, reformado, certamente com um rigor e disciplina alcançados na gloriosa corporação a que pertenceu e que honrou. Estopim curto; pavio também. Recrutado aqui e na região quando a “coisa estava feia”. Clássicos locais e regionais: escale o Irineu. Ao encerrar a carreira de árbitro, por vezes dirigiu o Departamento de Árbitros da Liga de Futebol Amador de Governador Valadares.

* JOSÉ PORTILHO DE MAGALHÃES – O Portilho do Corpo de Bombeiros. O conceituado integrante do Departamento de Árbitros da Liga de Futebol Amador de Governador Valadares sempre disponível para dirigir, gratuitamente, jogos dos certames de dentes de leite e jogos beneficentes. Um dos mais leais e fiéis discípulos do mestre Arnóbio Pitanga. Soube fazer amizades. As querelas do campo de jogo por ele eram bem digeridas, não as levando para fora das quatro linhas.

* CLÉRIO TEIXEIRA DE SIQUEIRA – O subtenente Clério. Um gentleman incondicional. Um dos árbitros mais educados da história do futebol valadarense. Jamais se valeu da condição de oficial militar reformado para impor sua autoridade e disciplina no campo de jogo. Nos momentos adversos sempre esteve firme ao lado do mestre Pitanga. Fidelidade a toda prova.

* JURANDIR SHUENG ALVES DE PAULA – antes de integrar o quadro de árbitros da Liga de Futebol Amador de Governador Valadares, foi zagueiro que ‘zagueirava’ em defesa do Esporte Clube Vermelho 27. Como árbitro, um dos mais probos, eficiente, digno e correto. Humildade a toda prova. Sempre disponível quando convocado para ações humanitárias.

* WILSON HENRIQUE DOS SANTOS – O conhecidíssimo Zé Nílton, hoje pintando os cabelos. Também andou ‘enganando’ como atleta nos bons tempos do varzeano, inclusive do Santo Antônio do Velho Euclides e outros mais. Sua excessiva humildade certamente inviabilizou uma carreira de árbitro de futebol nos moldes da de Ângelo Antonio Ferrari, o valadarense que fez história na arbitragem mineira.

* OSVALDO ALVES PEREIRA – O Osvaldo da Fundação SESP. O Osvaldo do Bairro Santa Terezinha. O Osvaldo falante e de opinião própria. O Osvaldo fiel ao grupo que pertencia. O Osvaldo que ‘comia’ poeira nas estradas para apitar jogos complicados em cidades vizinhas, sem nada reclamar.

* WALTER DE SOUZA – O Walter também sapateiro e dos bons. De uma simplicidade e doação pouco conhecidas. Sempre disponível para sanar dificuldades e desafios de última hora, em especial em viagens para outras cidades. Não sabia dizer ‘não’. Teve papel relevante no Departamento de Árbitros da Liga de Futebol Amador de Governador Valadares, disponibilizando tempo para o órgão.

* VALDEMIR TAVARES DA SILVA – O Neném do SAAE. O Neném irmão do Valtrudes e do Xingó. O Neném que também integrou o quadro de árbitros da Federação Mineira de Futebol de Salão, além de integrar com brilho o quadro de árbitros de nossa cidade. Alegre, comunicativo, prestativo e disponível. Faz uma falta danada.

* MANOEL SOARES NETO – O Bauer, certamente nome de guerra adotado pela semelhança física com o destacado jogador que integrou o São Paulo Futebol Clube. Os mais antigos dizem que ‘nosso Bauer’ foi atleta de futebol de alto nível aqui na terrinha. Como árbitro, pessoa corretíssima, fina, educada mesma.

* JOSÉ OSVALDO SILVA – sizudo, de poucas palavras, cara feia e corajoso. Figurou por anos e anos no quadro de árbitros da Liga de Futebol Amador de Governador Valadares, dando sua contribuição valiosíssima ao nosso futebol amador.

* JAZI COELHO DA SILVA – Encerrando a carreira de futebolista no time do Coopeleite do Zé Moura. Apaixonado que era pelo futebol, tornou-se árbitro e integrou o Departamento próprio da Liga local por longos anos. Amável e prestativo.

* MARCOS ALVES DE OLIVEIRA – O Velho Marcos, atleta de primeira linha da época de ouro do futebol valadarense, tendo integrado o esquadrão do Cruzeiro da Avenida Brasil na conquista do título de 1948. Foi árbitro moderado, compreensivo e muito respeitado. Foi também dirigente do clube estrelado, figurando na lista de seus maiores e mais dedicados dirigentes. Viveu para servir.

Claro, lógico e evidente que inúmeros outros, muitos outros, todos com duas mães, perfilaram no quadro de árbitros em Governador Valadares. A lista é enorme como, por exemplo: Washington Jorge, Sebastião de Sena (Jaú), José Soares, Juca da Praia, José Porto, Waldir das excursões do ECD, Guatimosi de Souza, Geraldo Wilian, José Deolindo de Souza, José Caldas – o Curnicha, Djalma Costa, Hélio Alves, José Santiago Guimarães (Barú), Severino Esteves e tantos outros mais são ou serão merecedores de página especial nas ‘filigranas da história esportiva de Governador Valadares’.

(*) Ex-atleta

N.B.- Como dizia papai e mamãe, de cima para baixo ou mesmo de baixo para cima, ‘está tudo dominado’. PRIVILÉGIO: “…ô praga danada”.

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