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Casos: DJ Ivis, Nátalia de Jacuri e Cuba. O que faltou aos oprimidos?

por Ricardo Dias Muniz *

“Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais”. Esse slogan genial foi usado para promover comercialmente a invenção do revólver de seis tiros, que, por sinal, mudou o mundo, principalmente porque foi capaz de diminuir a influência da lei do mais forte, onde quem tinha força física oprimia o mais fraco. Nessa lógica, três fatos recentes demonstram a importância da arma como meio de combate à opressão, seja contra mulheres e até contra toda uma nação.

Caso DJ Ivis, o cantor que emplacou sucessos no último ano com hits do gênero pisadinha, como: “Esquema preferido”, “Galera”, “Deixe Eu Ser o Teu Amor” e mais… Nessa semana seu sucesso explodiu, mas não por sua arte e sim devido ao noticiário policial. O jovem cantor foi flagrado em vídeo espancando violentamente a sua ex-mulher Pamella Holanda, que segurava no momento a bebê de nove meses do casal. O agressor era nitidamente mais forte que Pamella, mas, se ela tivesse em posse a invenção de Colt e fosse devidamente treinada, certamente o machão se tornaria uma franguinha, com um simples sacar da arma.

Caso Natália Oliveira, de São José do Jacuri, também essa semana, quando o Brasil acompanhou a caçada ao ex-secretário de Esportes da pequena cidade. Ele matou covardemente a jovem Natália, de apenas 23 anos. Notícia divulgada em primeira mão pelo Diário do Rio Doce. No fato, o homicida tentou de todas as formas impor sua vontade ciumenta e egoísta à moça. Não sendo atendido, mesmo depois de ameaças e tiros para o alto, e querendo provar sua covardia, atirou contra a cabeça dela por três vezes. Deixou chorando toda uma cidade. Revoltou a região e o estado. Porém, se na festa tivesse homens corajosos com a invenção de Colt, ou a própria Natália pudesse se defender com uma, a tragédia seria certamente diferente.

Caso Cuba. Em 62 anos da revolução socialista, os Castros, como em toda ditadura, promoveram o maciço desarmamento da sociedade. A medida era necessária para pôr em prática o que o próprio Che Guevara disse durante uma assembleia da ONU: “Fuzilamentos? Sim, fuzilamos e continuaremos fuzilando sempre que necessário. Nossa luta é uma luta [dedicada] à morte”. Nesse último dia 11, a ilha se revoltou aos gritos de liberdade. Porém, sem armas para se defender da tirania, pouco se pode fazer. A repressão foi enorme: tiros, prisões sumárias, espancamentos. Com a internet desligada pelos opressores, a ilha encontra-se isolada. A população entregue como cordeiro aos lobos.

Entre a opressão e armas, uma pessoa livre parece não ter escolha. Ou se defende, ou se sujeita. A maldade sempre estará à espreita para subjugar os bons, sendo necessário que as pessoas boas tenham condições de defender sua própria liberdade; se o mal tem armas, os bons também devem ter. Como diz Jordan P. Peterson: “Um homem inofensivo não é um homem bom. Um homem bom é um homem muito perigoso que tem isso sob controle voluntário.”


*Consultor empresarial, engenheiro de produção, ativista político, colunista de opinião, estuda filosofia e direito.
Contato: munizricardodias@gmail.com
Redes sociais: https://linklist.bio/ric

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