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A indiferença do atleta brasileiro

Luiz Alves Lopes (*)

Não se sabendo com precisão absoluta se da China partiu algum aviso prévio aos demais habitantes do planeta Terra em relação ao vírus que está dizimando vidas em profusão, certo é que a pandemia é assustadora. No mundo dos desiguais, países existem que somente com a ajuda e intervenção de outros, em especial de organizações internacionais, será possível aliviar a dor e sofrimento, diminuindo ainda o número de mortes.

E por aqui no Brasil varonil, cheio de pompas e ostentando o orgulho de ser uma das principais economias mundiais? Os números, estragos e perdas de vidas humanas ultrapassaram as previsões dos que entendem do assunto e do riscado. Despercebido do grande público estão condutas e posicionamentos de uma gama de pessoas que não são poucas, tidas e havidas como importantes, milionárias, idolatradas e com os ‘burros’ na sombra. Condutas negativas pelo silêncio então mantido. Omissões que revoltam. Referimo-nos ao atleta brasileiro, o do futebol em especial, porém não esquecendo que em inúmeras outras modalidades esportivas existem famosos e famosos. A lista é enorme.

Em países bem mais adiantados culturalmente que o nosso ou mesmo em alguns outros não tão adiantados (nossos vizinhos da América do Sul), o atleta, ex-atleta ou desportistas vivenciam e participam ativamente da vida de seu povo, de suas conquistas, de suas amarguras, mostrando ‘a cara ‘ em exposições públicas, posicionando com clareza, sem subterfúgios.

Competições as mais diversas de 2020 adentraram 2021 e foram encerradas. A Deus dará e sem folga, descanso ou férias, em andamento estão competições deste ano para atender todos os gostos – empresários, patrocinadores, meios de comunicação, entidades dirigentes, clubes, torcedores e….o vírus. Ser ídolo.

Ser líder. Ser comprometido. Ser humano. Ter sentimentos. Nos dias atuais, parece ser querer demais. Temos ídolos de barro. Sem personalidade alguma. Estão se lixando para o drama da pandemia.

Dizem que vergonha é para quem tem. Vergonhoso para os notáveis, para os intocáveis, para os integrantes do andar de cima – melhor dizendo para os ocupantes dos camarotes – foi o desabafo do simplório e autêntico LISCA, que de doido não tem nada. Falou e disse com propriedade.

Foi claro ao demonstrar sua insatisfação, revolta mesmo, pela movimentação futebolística encetada Brasil afora no limiar deste 2021 e em pleno agravamento da pandemia da covid-19 no país. Estão todos se lixando. O vil metal fala mais alto. A morte virou detalhe.

Utopia em sonhar com um mundo mais humano e igualitário, há de se perguntar pelos Ronaldo’s Dentuço, pelos Romário’s, pelos Rogério’s Ceni, pelos pseudos craques da Seleção Brasileira (ou estrangeira), pelos orgulhosos técnicos, pelas Leila’s do vôlei, pelos Bernadinho’s da vida, enfim pela gama de craques e dirigentes consagrados, todos eles mantendo um silêncio revoltante, enquanto a bola rola nos campos e nas quadras.

E o que falar dos Sindicatos de Atletas, das Associações, do Bom Senso que já se foi sem nada ter sido e de outras organizações que devem ou deveriam se preocupar com a vida, com a saúde e com a dignidade humana?!

Omissão e indiferença total. Da Inglaterra, tinha que ser de lá, LEWIS HAMILTON, um dos maiores pilotos de toda a história e um dos desportistas mais bem-sucedidos, deu-nos o exemplo de liderança, coragem, iniciativa e comprometimento, insurgindo-se publicamente contra atos de racismos que correm mundo afora.

Por aqui? Qual o problema? Tá morrendo muita gente? A ‘turma’ do mundo dos esportes não tá nem aí. Estão ocupados. Muito ocupados.. Saudades de líderes-craques como Gilmar, Mauro Ramos, Beline, Pinheiro, Piazza, Gerson, Sócrates e alguns outros monstros sagrados do futebol brasileiro, verdadeiramente comprometidos com o povo da terra de Cabral.

Já pensaram se João Saldanha estivesse vivo? A cobra já estaria fumando…

( ) Ex-atleta

N.B.1 – De Newton Roberto Sathler Romero – Beto Cabral – recebemos a triste notícia de que Cloir Salatiel da Silva, irmão do Alfredo e do Geraldinho, nos deixou neste 8 de março. Extraordinário professor de Matemática e grande atleta de futebol de salão do Presbiteriano. Brilhou ainda na Associação Atlética Aparecida.

N.B.2 – De Carlos Chagas, no Vale do Mucuri, vem a notícia do falecimento de JOÃO MIRANDA, um dos monstros sagrados do Esporte Clube Carlos Chagas – o Borroló. Descanse em paz, grande craque!

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