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Droga em casa: De quem é a culpa?

Por Heldo Armond (*)

            Culpa é o 5º princípio do Amor Exigente, estudado no mês de maio. Ao nos aprofundarmos na análise desse princípio, encontramos várias situações em que aparece o sentimento de culpa. Culpa em fazer algo ou permitir que se faça e que causa resultados inesperados; culpa em não fazer e nem permitir que se faça; culpa por omissão ou negligência; culpa por simplesmente ignorar algo ou se abstrair da sua existência; culpa devida ou indevida, merecida ou imerecida, justa ou injusta. Esse sentimento é encontrado com frequência nas famílias, entre pais e filhos que mantêm relacionamento controvertido, quando acontecem situações que fogem ao padrão normal de convivência sadia e respeitosa.

            Numa família em que há o comportamento inadequado do jovem, culminando até com o uso de drogas, faz-se necessária a revisão da postura dos pais em relação ao comportamento que o filho tem para com eles. Deve ser dado ao filho conhecer os limites e obrigações adequadas às exigências de convivência familiar, fazendo-o ciente das perdas que lhe ocorrerá caso não respeite as regras estabelecidas.

            Esse ponto é chave para definir o caminho que o filho desejará trilhar – ignorando ou se aproximando do mundo das drogas. Se os pais não tiverem consciência do poder de autoridade que devem exercer sobre os filhos, criam condições para uma reação natural que pode ocorrer – o uso de drogas pode ser um pedido do filho por limites e obrigações que não lhe foram ensinados. É uma fuga.

            A adolescência não é fácil. O jovem encontrará no seu caminho inúmeras provocações para viver experiências novas, deslumbrantes. O grupo que chama a atenção, que desponta nas festas, que é considerado moderno, exigirá posturas “avançadas” de seus componentes. A capacidade do jovem de se opor a essas exigências dependerá muito dos princípios e da postura exercitados em casa.

            A fragilidade do filho é ressaltada exatamente nessas ocasiões, devido os pais terem-nos permitido levarem a vida sem maiores esforços dentro de casa. É quando os pais pediam ao filho que se incumbisse de alguns afazeres, e este “escorregava”, alegando impossibilidade de fazê-lo, então os pais deixavam pra lá, para não se sentirem culpados por “exigir demais” do filho, na ilusão de estarem demonstrando carinho para com ele.

            Não é o caso de culpar os pais pela situação do filho, pois tudo que fazem é com o desejo de acertar e oferecer o melhor, porém facilidade e tolerância demais não educam. Por isso, é importante buscar ajuda, compartilhar os problemas do dia a dia com pessoas que vivenciam o mesmo tipo de problema.

            Se você é pai/mãe, e tem dificuldade em educar o seu filho com limites e obrigações, no Amor Exigente terá a oportunidade de conhecer experiências bem-sucedidas de outros pais, que podem lhe servir para adotar uma nova atitude. O Amor Exigente é a maneira inteligente de educar o seu filho.

Grupo de Apoio Amor Exigente
Coordenação local: Berta Teixeira Rodrigues
Coordenação Regional: Washington J. Ferreira/Penha
Reuniões às terças-feiras, de 19h30 às 21h30, no Colégio Franciscano Imaculada Conceição

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem, necessariamente, a opinião do jornal.

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