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Entendendo o cenário de juros nos investimentos de renda fixa

Lucas Gonçalves (*)

Vivemos em um país que já experimentou oscilações extremas na economia, desde uma hiperinflação, até períodos de um crescimento mais pujante, puxado pelas commodities (produtos de origem agrícola ou mineral negociados em escala global e, na maioria das vezes, em moeda padrão). Ou seja, em nível de indicadores econômicos, o brasileiro de média idade viu situações que em países desenvolvidos são desconhecidas de todos ou da maioria.

Com a Selic, nossa taxa básica de juros, tal cenário se aplica. A Selic, que já foi superior a 40% ao ano, em períodos que a inflação era gigantesca, no país hoje está em 4,5% a.a. Em 2015, ela estava em 14,25% a.a. Ou seja, pensando em investimentos, ela, que recebe a alcunha de taxa básica de juros (exatamente porque baliza a rentabilidade dos investimentos e das demais taxas), é a referência de rentabilidade nas aplicações de renda fixa.

Até 2015, portanto (com a taxa em 14,25% a.a), era possível obter taxas superiores a 1% ao mês em aplicações conservadoras! Por outro lado, hoje, com a taxa em seu menor patamar da história, o que fazer?

Realmente o investimento em renda fixa irá render menos, já que a Selic e, por consequência, as demais taxas, como o CDI – Certificado de Depósito Interbancário -, que baliza os investimentos de renda fixa nas instituições financeiras (atualmente em 4,4% a.a.), entregam menos do que 0,4% ao mês (em algumas aplicações bem menos!).

Sendo assim, naturalmente de acordo com o perfil de investidor, uma alternativa interessante para 2020, reside na categoria multimercado. É uma categoria que, na maioria das vezes, dispõe de estratégias que a colocam entre a Renda Fixa (indicada para perfis conservadores) e a Renda Variável (para investidores mais arrojados). Sendo assim, essa categoria (indicada para investidores com perfil moderado, ou para pequena parte dos investimentos de um perfil conservador), consegue obter relações de risco x retorno mais favoráveis, sem as oscilações abruptas da bolsa de valores, e demais investimentos de renda variável, e entregando rentabilidades que podem superar os investimentos mais estáticos da categoria de renda fixa.

(*) bacharel em Ciências Econômicas pela UFES – Universidade Federal do Espírito Santo, especialista em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela FGV – Fundação Getúlio Vargas. É Assessor de Investimentos da XP Investimentos, sócio da Mayor Investimentos, Gestor de Investimentos do Instituto de Previdência Municipal de Governador Valadares e Professor na Faculdade Pitágoras.

Mais dúvidas? Envie um e-mail para lucas@mayorinvestimentos.com

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