Desde os meus primeiros passos em nosso mundo, tenho a impressão de que estamos competindo, diariamente, mesmo sem saber. Aliás, todos devem ter esta impressão. Tudo parece ser uma competição, a começar pelo amor dos pais, a atenção das professoras, o carinho dos avós.
Tal fato por mim percebido não é novidade. Os nossos antepassados que viveram nas cavernas já competiam por espaço e comida. Tudo nos leva a crer que geneticamente o instinto de competição nos foi passado de geração em geração, se é isto mesmo competir.
Porém o mais interessante é que isso não deve ser encarado como algo negativo.
Não vejo a vida assim como uma competição, mesmo com o exemplo clássico nos esportes, em que todos lutam uns contra os outros pelos melhores resultados, e a tão sonhada medalha de ouro, o topo do pódio. Todo atleta tem o objetivo de se superar e bater novos recordes.
Quem vive sem objetivos?
Na verdade, temos que dar o nosso melhor para conseguirmos o que queremos. Aí uns vão dizer que não têm objetivo. Ora, quem vive sem propósitos, sem objetivos?
Mas qual ser humano, por mais sem ambição, que não tenha um sonho? Será que para isto precisamos competir?
Então accho que, na maioria das vezes, somos adversários de nós mesmos. São escolhas erradas e caminhos que não devíamos trilhar. Isto não é competição.
Não somos melhores e nem piores do que ninguém. Somos indivíduos diferentes, cada qual com a sua estória de vida, seus problemas e suas vitórias e derrotas. Partindo desta premissa, competir com quem?
A vida não é uma competição
Durante minha mocidade pratiquei vários esportes, mas em uns eu me sobressaía mais. No futebol, por exemplo, sempre treinava com o intuito de vencer as partidas e não encarava como competição. Eu sabia que se trabalhasse bem durante os treinos, a consequência seria a vitória, mesmo que ela não viesse de imediato. Sempre atuava não olhando quem estava do outro lado como adversários ou inimigos, e com muito respeito. Afinal de contas, no fim não importava para mim quem vencesse, pois muitas vezes, perdia num dia e vencia em outros. Deve ser por isto que sempre fui muito respeitado no meio dos esportistas (rsrs).
As partidas de futebol que eu disputei em minha vida, principalmente durante a minha infância e adolescência, me ensinaram a respeitar as pessoas, a enfrentar o medo, a arrogância e a preguiça, e também a conhecer e valorizar a estória das pessoas, a importância da amizade. E como fiz amigos jogando bola!
Hoje concluo que a vida não é uma competição, mas colaboração uns com os outros.
Estamos todos juntos, num mesmo “barco”, com um único objetivo: que é vivermos bem e em harmonia com Deus e uns com os outros. Devemos nos ajudar. Ninguém vence nada sozinho. Somos elos na corrente da vida.
Não só a nossa conquista deve ser motivo de felicidade, mas, também, a do próximo.
Temos que dar nesta vida o melhor de nós, o melhor que temos para atingirmos nossos objetivos.
A competição não é com o outro, mas com nós mesmos!!!