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Resta-me contar histórias… e fazer registros

por Luiz Alves Lopes (*)

Ao ser humano compete olhar ao seu redor, nas proximidades, no horizonte e, se possível, um pouco mais além, não necessariamente além do literal. Alerta que fazemos sem esquecer que estamos hoje no ‘mesmo barco’ e na mesma toada.

Em oportunidades outras ouvimos de pessoas jovens que os velhos ou idosos como queiram, acabam se tornando pessoas chatas e inconvenientes. Ironicamente respondemos que não pretendendo se tornar ‘uma pessoa chata’, o remédio ou solução seria morrer novo. A resposta não agradou, não havendo receptividade alguma.

Nosso jovem secretário municipal de Turismo, com qualificação que o autoriza, escreveu, datou e assinou que “é importante saber a hora de parar”. O fez com sabedoria e propriedade.

Nosso Paulo de Tarso, em extensa narrativa, historiou longa trajetória na TV valadarense, dando sua missão por cumprida, buscando novos ares e desafios. E acabou encontrando.

E o tempo passa. Passou. Envelhecemos. Deparamo-nos com situações inusitadas, inesperadas e até mesmo constrangedoras. Acreditávamos que determinados fatos só aconteceriam nas ações e trajetórias de outros. Nos enganamos. O raio acabou caindo também sobre nós. E em dose dupla.

Nosso Coopevale, aquele de Serafim leiteiro, de Anísio Costa, de Adonis Lara, de Zé Moura, de Lajão, de Zé Mauro, de Mauro Cruz e de tantos outros, vive momento difícil, constrangedor, de imprevisibilidade, antevendo futuro sombrio.

Gerir e administrar não são tarefa fácil. Em tempos de pandemia, pior ainda. Há um agrupamento de pessoas, a maioria ex-atletas do clube e que integram seus conselhos Fiscal e Deliberativo, que estão se debruçando sobre os problemas e desafios, buscando equacioná-los. Questão muito melindrosa com desdobramentos preocupantes.

Como desgraça pouca é bobagem, ‘nossa APAC Feminina’ foi objeto de intervenção judicial, nomeando-se-lhe interventor por determinado período, visando equacionar demandas que não são poucas. Sofrimento de muitos que não se contam, excluindo seus adversários e desafetos também em número considerável.

A tristeza se apodera de nós. O coração sangra. Há de se ter fé nos revezes da vida. Acreditamos que a fé remove montanha. Dias melhores virão. É preciso continuar sonhando. Sonhando um sonho possível. Ela, a APAC, é “um projeto a serviço da vida”.

O que fazer? Reler o texto do Paulo de Tarso? Refletir sobre o que disse o jovem secretário municipal? Como é difícil um atleta reconhecer e constatar que sua hora de parar chegou. Será que não dá para fazer mais nada? Prazo de validade vencido?

Nos tornaremos apenas um CONTADOR DE HISTÓRIAS….e registrador de fatos? Mas quantas histórias são impublicáveis? E fatos, conhecimentos e procedimentos repugnantes que nada somam? É como dizia um meu avô: “porca da vida”.

Se é assim ou assim será, domingo que passou – 26/9 -, despedimo-nos de Erley Costa Santos, o tenente Erley, o capitão Erley, odiado por  muitos, idolatrado por muitos outros.

Lá encontramos seu fiel escudeiro, o ex-vereador e ex-policial Bombeiro TONHÃO, lá comparecendo também o ex-vereador Jorge Donde.  Presente o Major Benedito e esposa – ele da velha guarda da Polícia Militar. Viatura do Corpo de Bombeiros e representantes da corporação marcaram presença, levando o abraço e manifestação da corporação pela qual ‘reformou’.

A presença do público, integrantes das camadas menos favorecidas e pelas quais Erley dedicou grande parte de sua vida terrena, foi grande. Questão de agradecimento e reconhecimento. Para os pobres, somos testemunhas. Erley não tinha dia, hora ou empecilho algum para prestar atendimento. Para eles, fará uma falta danada.

Ainda durante a semana, veio a notícia do falecimento do Tarcísio da Colorcril – o conhecido Pelego -, ex-presidente da Liga de Futebol Amador de Governador Valadares e que entabulava reuniões visando o próximo pleito para eleição do novo presidente da entidade máxima do futebol valadarense. Deixa um enorme vazio em termos de liderança esportiva. Vida que segue.

  (*) Ex-atleta

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