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Na terra dos ingleses…

Luiz Alves Lopes (*)

O esporte das multidões – o tradicionalíssimo futebol que revelou e mostrou para o mundo a figura extraordinária, incomparável, insuperável e monstruosa de Édson “Dondinho” Arantes do Nascimento, ao contrário do que pensam muitos não nasceu ou surgiu na terra que até bem pouco era da rainha e que agora tem novo reinado.

Pelo contrário, teria ele surgido na China, bastantes séculos anteriores a CRISTO, com os soldados daquele país fazendo uso de crânios de inimigos mortos em divertimento com os pés. Pode Bolivar? Grécia e Japão, também o faziam.

Em nossos dias, lá por volta de 1.800 e Kafunga (1.863), aí sim, surgiram os ingleses com a criação da The Football Association, procedendo alterações nas regras do Rugby (praticado com as mãos), universalizando este que é o “negócio” dos dias atuais.

Por aqui, Charles Miller, descendente de escoceses e com estudos na Inglaterra durante parte de sua juventude, ao retornar ao país, criou o nosso primeiro esquadrão futebolístico, o São Paulo Athletic Club. Por lá, durante seu período de estudos, praticou o futebol e o Rugby, apaixonando-se pelo primeiro.

0 que o futebol é nos dias atuais em todo o mundo é sabido por todos e dispensa registros e comentários. Há, porém, nuances e particularidades aqui e acolá. Aqui e lá fora, não somos todos iguais.

A Inglaterra, através de sua LIGA, promove e realiza atual e anualmente, quando o assunto é futebol, a disputa mais rica, charmosa, equilibrada e emocionante do planeta terra, com seus poderosos clubes fazendo desfilarem estrelas em quantidade e qualidade. Verdadeiros selecionados globais.

Para chegarem onde estão, com uma organização impar e uma legislação duríssima, tiveram que superar traumas e episódios negativos que marcaram a história do futebol mundial. Souberam fazê-lo e merecem elogios e aplausos. E dá uma inveja danada…

Nascido no Brasil varonil, lá para as bandas de nosso orgulhoso nordeste, o cidadão ROBERTO FIRMINO Barbosa de Oliveira sonhou um dia em ser atleta de futebol profissional, alcançando seu objetivo com passagens pelo CRB e Figueirense.

Destacando-se neste último – na série B de nosso campeonato, despertou as atenções do Hoffenheim da Alemanha, clube que defendeu durante as temporadas de2011 a 2015, sendo contratado a seguir pelo poderoso LIVERPOOL da Inglaterra.

No clube inglês Roberto Firmino – hoje aos 31 anos de idade – encontrou um senhor técnico de futebol, o alemão Jurgen Klopp, deslanchando e destacando-se como um dos jogadores mais importantes do clube nas últimas temporadas e com a conquistas de todos os títulos sonhados e imaginados. Virou ídolo verdadeiro, não de barro.

0 contrato de trabalho de FIRMINO com o clube inglês se encerra em julho próximo e muito embora o interesse pela sua permanência, o brasileiro pretende buscar novos ares, novas aventuras e clubes interessados não têm faltado.

No último dia 20 de maio, em partida do Liverpool dentro de seus domínios na temporada que está se encerrando, coube a FIRMINO, em sua despedida, anotar o gol de sua equipe em partida que ficou no empate de 1×1.

Emocionante foi a homenagem do torcedor do Liverpool e dos dirigentes do clube e da liga inglesa, na oportunidade. Agradecimento, reconhecimento e respeito. Coisa difícil de ocorrer por nossas bandas.

” Give the ball to bobby and he wil sore” (toca a bola pro Bobby e ele vai marcar gol), cantava o torcedor inglês na oportunidade.  De arrepiar. 0s jogadores brasileiros são mais queridos lá fora, do que aqui dentro de nosso país. Coisas de clubismo. Quanto aos ingleses, ficamos devendo mais esta.


(*) Ex-atleta. 

N.B.-1 – 0 mundo esportivo da velha guarda perdeu na última semana Eustáquio Pimenta, de tradicional família valadarense. Ficamos todos mais pobres.

N.B.2 –  0s estádios da Liga Amadora e do Coopevale Futebol Clube foram contemplados pela administração municipal com novos projetos em suas iluminações.  Méritos para os administradores de ambos.

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

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