Atentando para os posicionamentos irrefutáveis dos profissionais e estudiosos da ciência, consubstanciados pelas orientações da Organização Mundial da Saúde – OMS, longa ainda será a trajetória de restrições a que deve se sujeitar grande parte da população mundial, em especial a brasileira, no tocante à pandemia da covid-19. Não há terra firme à vista. Pelo contrário, chuvas e trovoadas.
Conscientemente, quem tem massa encefálica vai constatando, dia após dia, que somente com o surgimento e chegada de uma vacina o pesadelo passará. Oxalá a tenhamos para todos, indistintamente.
Estamos em agosto. O ano e o tempo passam. O que fizemos? O que não foi possível fazer? Paciência… Respeitemos o dono do mundo.
Em meio à pandemia que ceifa vidas e destrói consideravelmente a economia mundial, a boleirada e os que vivenciam o mundo esportivo, olhando para o teto e ávidos por uma “gelada” e “bate-papo” sem hora para terminar, se perguntam se os costumeiros encontros de finais de ano ocorrerão.
Respostas definitivas não temos. Existem hipóteses e ideias que estão sendo trabalhadas.
Há pessoas se reunindo, matutando e pensando. Sim, a boleirada também pensa… reflete, consulta, planeja e delibera.
Em relação ao encontro dos ex-atletas e ex-dirigentes esportivos, este ano em sua 15ª edição (caso ocorra), este tem sua dinâmica própria, local (dependências do Coopevale Futebol Clube) e data definida (19 de dezembro). Ocorrerá? Em caso positivo, em que formato?
Os “soldados” mentores, criadores, idealizadores e organizadores do evento foram contemplados com um GRUPO de notáveis e doutores, todos eles do mundo esportivo, que está buscando formatar evento que respeite a VIDA e a Ciência, evitando que o ano passe em brancas nuvens. O grupo está trabalhando, e muito.
Privilégio poder contar com Dr. Batata, Dr. Catuaba, Dr. Celinho do cartório, Dr. Giacomini, Dr. Carlos Thébit, Dr. Hudson e auxiliares. Tem tudo para dar certo. Anota aí, Bolivar.
O grupo desenvolve estudos para a possível realização de uma LIVE e de um bingo eletrônico, não presencial. Deixemos os “caras” pensarem… planejarem e chegarem a uma definição.
Quanto ao evento anual denominado ENCONTRO SANSÃO, este diz respeito à confraternização entre boleiros e simpatizantes do mundo esportivo dos bairros Santa Terezinha e São Paulo, o que vem ocorrendo exatamente nos últimos 30(trinta) anos. Em 2020, havendo o encontro, será ele o XXXI. Já é, de muito tempo, uma grande tradição.
Identificamo-nos, e muito, com o bairro Santa Terezinha, local em que residimos quando aqui aportamos. A Florianópolis, empoeirada, ainda era 63. Tempos do CHICÃO, do Acacibas, dos Dutras, do cabo Cordeiro, do Perucci pai e de tantos outros.
Consultando sua excelência Marquinhos Barcelos, devidamente autorizado por dona Quita, chegamos a nomes como os de Burraldo, Betão, Barata, Carlinhos, que já foi sargento, Jânio “politiqueiro”, Pelé da Padaria, Ricardo Betão e Elias, dentre outros, como integrantes do grupo organizador do evento.
MANINHO – Aquele comunicador da radiofonia valadarense, lembram-se dele? Irmão do Corisco e do Valmir – tem sido presença marcante todos os anos, animando o evento com seu malabarismo e criatividade.
Ao lembrar dos bairros Santa Terezinha, em especial, e São Paulo, que surgiu depois, como não recordar do Ypiranga, do Dorly Caldas, do Gráficos de Antor Santana, do Botafogo do Osvaldo da Padaria Lopes e do São Paulinho do Kanelinha?
Goleiro elegante como o DENGO? Figura folclórica como a do Tião Batucada? Do Nego empenado que foi parar no Democrata? Do Hiran que acabou virando médico e desapareceu? E da dupla baião de dois formada pelos irmãos SINVAL e TIÂO? E do bancário Quebinha? Do Gerson, cabelo de fogo? Dos irmãos Valter e Valdeci? Da dupla de zaga que dava na medalhinha, formada por TONICO e Elias? Do Lula calanga? Do Chico cego? Do Édson Dutra? Do Levy Dutra? Do Zé Nerí? É muita gente. É gente que não acaba mais.
E da rapaziada do Kanelinha, onde nos infiltramos e que, dentre outros, teve Juvenal, Pirão, Hermes, Zé Carlos, Zé Grilo, Pelé, Zé Mindinho, Getúlio Formiga, Elias Cachimbo, Ruyzinho, Douglas e muitos outros? Aqui a memória nos trai. Início da década de 60. É muito tempo. Faltam nomes em quantidade e qualidade.
O Encontro SANSÃO, confraternização de pessoas de dois bairros interligados pela antiga Avenida A, atualmente avenida Pascoal de Souza Lima (não precisa dizer o porquê da homenagem, né?), além da parte musical, comida e bebida, papos e papos, tem como uma de suas principais atrações o confronto futebolístico reunindo os craques do passado que residiram ou ainda neles residem. Neste ano, havendo o encontro, não teremos Vanda Burunga. Nos deixou. Ficaram lembranças e saudades.
É certo que, aqui também, em relação ao encontro Sansão, seus organizadores estão a pensar no que fazer, como fazer, e por certo terão sabedoria em suas definições. Aguardemos…
Finais de anos sempre são marcados por realizações, projetos e reflexões. Calendário programado com antecedência, como oportunidade única.
É, mas neste 2020 apareceu misteriosamente uma tal de Covid-19, que infernizou o mundo. Não fez distinção. Fez e está fazendo estragos inimagináveis, sequer respeitando os soberbos e poderosos. Realidade inconteste.
Saibamos entender, compreender e respeitar os desígnios do Criador do Universo. Reflitamos como tem sido nossa vida mundana. Tenhamos coragem de olhar no espelho e no retrovisor. E que Deus seja, com todos nós, misericordioso. Que assim seja.
Com encontro ou sem encontro, viva a vida!
N.B.- Faleceu o senhor Otávio Coelho de Magalhães, aos 101 anos de idade, um dos mais ferrenhos defensores do Cruzeiro da Av. Brasil, por ele presidido em várias ocasiões. Ético, digno, culto e competente, deixa um belo exemplo a ser seguido. Valadares ficou mais pobre…
(*) Ex atleta
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