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A lei que nenhum congresso pode mudar

FOTO: Freepik

Em tempos de debates acalorados sobre leis, julgamentos e interpretações jurídicas no cenário nacional, há uma outra Lei — imutável, perfeita e escrita com o dedo do Eterno — que continua a reger princípios muito mais profundos do que qualquer código humano. E foi através de uma experiência vivida há mais de trinta anos, no tempo em que trabalhei no DIÁRIO DO RIO DOCE, que eu consegui compreender isso com mais clareza.

No início dos anos 90, emprestei uma pequena quantia a um colega de redação. Como eu morava com meus pais, sempre sobrava um dinheirinho a cada quinzena. Ele, sabendo disso, de vez em quando me pedia ajuda e, pontualmente, devolvia o valor no mês seguinte — às vezes até com um acréscimo, por causa da inflação que nos atormentava.

Certa vez, porém, o empréstimo foi maior. Pela confiança, entreguei o dinheiro sem hesitar. O que eu não imaginava é que, duas semanas depois, ele deixaria o jornal. Tentei localizá-lo em vão. Nunca mais o vi — nem o dinheiro voltou.

Naquele tempo, confesso, fiquei magoado. Mas os anos e a fé me ensinaram o que está escrito na Bíblia, em Romanos 13:8:

“Não fiquem devendo nada a ninguém, exceto o amor de uns para com os outros. Pois quem ama o próximo cumpre a lei.”

Esse versículo mostra que o cristão deve quitar suas dívidas, mas há uma que jamais se paga por completo: a dívida do amor. O amor é uma obrigação eterna, porque sempre haverá espaço e oportunidade para praticá-lo.

Na Bíblia, amor e lei são inseparáveis. Amar é cumprir a Lei de Deus, porque a Sua Lei é a própria expressão do amor.

Os Dez Mandamentos foram dados em um contexto de aliança — um pacto de relacionamento entre o Todo-Poderoso e Seu povo. Eles não são uma lista fria de proibições, mas um convite ao convívio harmonioso com o Senhor e com o próximo.

As tábuas foram divididas em duas partes: os quatro primeiros mandamentos tratam do relacionamento com Deus; os seis últimos, do relacionamento com o semelhante. Ou seja, a Lei nos ensina a amar o Senhor de todo o coração e o próximo como a nós mesmos. Antes mesmo da lista dos “nãos”, o Eterno Se apresenta de forma pessoal e amorosa:

“Eu Sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito.” (Êxodo 20:2)

A Lei começa, portanto, não com proibição, mas com libertação. Ela revela um Deus que salva antes de ordenar, que ama antes de exigir. Aliás, é importante ressaltar que foi o próprio Deus quem escreveu os mandamentos em tábuas de pedra — símbolo do Seu caráter imutável e do Seu governo justo. Jesus Cristo, por sua vez, não veio para abolir a Lei, mas para cumpri-la plenamente. Quem O segue demonstra, por meio da obediência, que a Lei é “santa, justa e boa”.

A Lei não salva, mas revela nossa necessidade de salvação. Ela é o espelho que mostra o pecado; a Graça é a mão que limpa a sujeira refletida. O Todo-Poderoso não nos deixa presos à culpa — oferece perdão, transformação e nova vida. Onde o pecado abundou, superabundou a Sua Graça.

Anos depois do ocorrido com aquele colega, aprendi a deixar a mágoa nas mãos do Senhor. Perdoei a dívida — e, sinceramente, espero que aquele valor tenha sido uma bênção em sua vida. Mais do que isso, espero que o meu testemunho, como cristão, tenha deixado nele alguma marca boa. Hoje compreendo que nossa motivação para obedecer ao Eterno e ajudar o próximo é o amor de Cristo em nosso coração.

As leis humanas mudam, são interpretadas e reinterpretadas conforme os ventos da política e da sociedade. Mas há uma Lei que permanece a mesma: a Lei do amor, escrita não em pedra, mas na alma daqueles que se deixam transformar pelo Eterno.


(*) EDSON CALIXTO JUNIOR é escritor, teólogo e jornalista. Trabalhou no Diário do Rio Doce, Rádio Globo/CBN e Rede Novo Tempo de Comunicação. Foi assessor de imprensa na Assembleia Legislativa do Paraná (2003–2010). Bacharel em Administração de Empresas pela FAGV, com MBA em Gestão, atualmente é servidor público federal.

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