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A ascensão da China e sua relação com o Brasil

FOTO: Freepik

Wanderson R. Monteiro (*)

Nos últimos anos, temos testemunhado a ascensão meteórica da China como uma potência econômica e global. É inegável que a abertura econômica da China causou, e tem causado, uma grande transformação no cenário mundial. Essa transformação tem repercussões profundas em todo o mundo, incluindo no Brasil, que é um dos maiores parceiros comerciais do país oriental. À medida que a China busca se tornar cada vez mais dominante nos âmbitos econômico, político e tecnológico, não podemos ignorar as implicações e consequências dessa mudança.

A China tem sido o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009 e é uma das principais fontes de investimento estrangeiro no país. Em 2022, a corrente de comércio entre os dois países bateu recorde de US$ 150,5 bilhões, com as exportações brasileiras totalizando US$ 89,7 bilhões e as importações, US$ 60,7 bilhões. Dessa forma, a China tem sido o maior parceiro comercial do Brasil, representando mais de 20% de todas as importações brasileiras e cerca de 1/3 de todas as exportações.

Em abril deste ano de 2023, Brasil e China firmaram um acordo para realizar transações comerciais com suas moedas, deixando o dólar de fora. A iniciativa visa diminuir a dependência do dólar e fortalecer as relações entre esses países.

O acordo espera diminuir os custos das operações comerciais e estreitar as relações Brasil-China, bem como aumentar a circulação do yuan. O governo de Xi Jinping tem firmado parcerias semelhantes com outros países, como Arábia Saudita e Rússia, para o uso do yuan no comércio, aumentando as disputas comerciais e geopolíticas com os EUA.

Como podemos ver, a parceria econômica entre o Brasil e a China se tornou algo de extrema importância ao longo dos anos. A China se tornou o maior parceiro comercial do Brasil, e as exportações brasileiras, como soja e minério de ferro, desempenham um papel crucial na economia do país. Essa interdependência econômica é um fator-chave na vida dos cidadãos comuns, pois influencia os preços dos produtos que compramos e os empregos disponíveis.

No entanto a crescente influência chinesa também levanta questões importantes. Dentre outras coisas, a China é muitas vezes acusada de práticas comerciais desleais, e isso pode prejudicar a competitividade de setores brasileiros e afetar a vida dos trabalhadores locais, de maneira que, acordos que poderiam melhorar a vida dos cidadãos brasileiros podem acabar se tornando dores de cabeça.

Além disso, a China tem um histórico controverso em relação aos direitos humanos e à liberdade de expressão. Isso deveria nos levar a questionar até que ponto o Brasil deve se alinhar com um país que não compartilha de valores democráticos, e até que ponto tal relação pode ir sem que isso seja interpretado como apoio às práticas condenáveis.

A influência chinesa também pode ser vista no campo da tecnologia, com a presença de empresas chinesas no setor de telecomunicações e na infraestrutura de tecnologia 5G, e isso pode levantar preocupações sobre segurança cibernética e vazamento de dados, já que a tecnologia desempenha um papel cada vez mais central em nossas vidas.


Como podemos ver, a ascensão da China no cenário global é um ponto de extrema importância para o Brasil e para o mundo. Para nosso país e povo, a parceria econômica com a China oferece oportunidades econômicas, mas também traz desafios complexos em termos de comércio, valores democráticos e segurança. Dessa forma, também é de extrema importância que o Brasil tenha uma relação cautelosa e equilibrada com a China, buscando manter nossos interesses nacionais, melhoria para nosso povo, e os valores democráticos que defendemos como nação.

A compreensão dessa relação entre Brasil e China é de extrema importância para todos nós, pois ela moldará, e mudará, o futuro de nossa nação, e nosso papel no mundo, trazendo consequências boas, ou ruins, que irão durar por muitos anos, influenciando o futuro de todo o nosso povo e, até mesmo, de todo o mundo.


(*) Dr. hc. em Literatura e Dr. hc. em Jornalismo. Bacharel em Teologia, graduando em Pedagogia. Acadêmico Correspondente da FEBACLA. Acadêmico Fundador da AHBLA. Acadêmico Imortal da AINTE. Vencedor de quatro prêmios literários. Coautor de 13 livros e quatro revistas. (dudu.slimpac2017@hotmail.com). São Sebastião do Anta – MG

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