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Lição de anatomia; necessário comentar

O quadro “Lição de Anatomia do Dr. Tulp” mostra a dissecação | FOTO: Divulgação

Uma das obras de arte mais caras e famosas do mundo, a tela “A Lição de Anatomia do Dr. Tulp”, retrata uma história curiosa. Sua mais recente restauração ocorreu em 2009, quando foram recuperadas as cores e os brilhos originais de como foi pintada no século XVII.

O larápio holandês Aris Kindt perdeu a vida e entrou para a história da arte. Depois de furtar um casaco e ser enforcado em 1632, teve seu corpo doado ao cirurgião Nicolaes Tulp. Este, por sua vez, convidou o pintor Rembrandt (1606–1669), à época um jovem retratista, para registrar a autópsia do cadáver do gatuno, realizada pelos médicos assistentes durante uma aula de anatomia.

Quase quatro séculos depois de sofrer pequenos rasgos, buracos, descolorações e passar por 21 restaurações anteriores, a tela foi plenamente recuperada por restauradores, ao custo de 100 mil dólares. A transformação mais sensível do trabalho foi a cor do corpo de Kindt, que recuperou a palidez característica dos cadáveres, magistralmente retratada por Rembrandt.

“A Lição de Anatomia do Dr. Tulp” é considerada uma das obras de arte mais primorosas e valiosas da Holanda, pois apresenta abordagens que revolucionaram a pintura do século XVII. Uma delas é o fato de o pintor retratar pessoas agrupadas e dispostas em forma triangular. Os médicos assistentes têm seus rostos marcados pelo espanto. Outro aspecto relevante é que Rembrandt colocou o morto na cena como coadjuvante; seu rosto, inclusive, está parcialmente encoberto.

O centro das atenções da obra é o médico Tulp, retratado à direita, que disseca com o bisturi o braço do morto, aludindo moralmente ao pecado do desvio indevido, associado à ideia bíblica dos Dez Mandamentos sobre a honestidade. Se o Dr. Tulp vivesse hoje, provavelmente não lhe faltariam cadáveres para suas aulas de anatomia; já as obras de Rembrandt talvez não tivessem tanto valor, dada a quantidade de corpos a serem dissecados e retratados.

Necessário comentar:

– O calçadão da Ilha encontra-se em estado precário, com muitos buracos, remendos de cimento que desfiguram o desenho do piso e pedrinhas portuguesas soltas. O mesmo ocorre na Praça Serra Lima, onde há pedras soltas e, no local onde deveria existir uma fonte luminosa, observa-se sujeira e um ambiente propício à proliferação de mosquitos transmissores de dengue, chikungunya e zika.

– Espera-se ainda o asfaltamento da Rua Marechal Deodoro e da Avenida Afonso Pena, do bairro São Pedro até o final, além do recapeamento das ruas São Paulo e Belo Horizonte.

– Continua fazendo falta a implantação de semáforos na rotatória do bairro Altinópolis, saída para Teófilo Otoni, onde se localiza um supermercado. Trata-se de uma área de intenso movimento; nos horários de pico, os próprios motoristas definem as preferências, gerando estresse e indecisões.

– Quando construído, no final dos anos 1960, o prédio da atual Prefeitura de Governador Valadares tinha três andares e comportava apenas o pequeno elevador utilizado até hoje. Com o crescimento da cidade, o prédio foi ampliado para seis andares, mantendo o mesmo elevador acanhado. Em 2025, iniciou-se a implantação de um projeto para novos equipamentos, dando a impressão de que a obra avançaria rapidamente. Algumas peças estruturais de aço chegaram a ser instaladas em frente ao prédio. No entanto, subitamente, tudo parece ter sido paralisado. O que houve?

(*) Crisolino Filho é escritor, advogado e bibliotecário | E-mail: crisffiadv@gmail.com | Whatsapp: (33) 98807-1877 | Escreve nesse espaço quinzenalmente

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

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