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Uma ‘limud’ para nossa região

Luiz Alves Lopes (*)

Tempos houve em que na região do Vale do Rio Doce e adjacências a bola rolava solta nos campos de futebol, não se importando se dotados de bom gramado ou gramado ruim; às vezes careca e até mesmo de terra batida.

Certames oficiais, torneios regionais, torneios locais, distritais ou varzeanos, o certo é que a bola rolava, a galera vibrava, a cobra fumava e a vaca tossia. Falamos do esporte das multidões, o futebol association.

Mais, porém, todavia, contudo, entretanto os de idade mais adiantada, saudosistas que são, se lembram do Ilusão Esporte Clube – de Vicente Gomes e companhia – tornando-se o primeiro campeão mineiro de futebol de salão do interior em 1960, em pleno Ginásio do Minas Clube, na capital do Estado.

Lembram-se dos extraordinários feitos do Colégio Presbiteriano através de suas esquadras de voleibol feminino e futebol de salão, fazendo sorrir seus torcedores e simpatizantes.

Também do Colégio Ibituruna, que formava valorosas esquadras de esportes especializados – ênfase maior para o voleibol e futebol de salão.

E por que não dizer das esquadras montadas pelo Figueira Tênis Clube – leia-se Praça de Esportes – nas modalidades de voleibol, futebol de salão, basquetebol e natação?

Por justiça o registro de que também o Ilusão foi extraordinário no basquetebol, afora o futebol de salão.

O período relativamente curto do CEIJUV – leia-se professor Maurício ‘Pará” – foi deverasmente marcante, empolgante e sensacional. Modalidades em profusão, resultados altíssimos.

Por último, porém não menos brilhante, o aparecimento da S. R. Filadélfia em competições de vulto, elevando o nome da terra de Serra Lima Brasil afora.

No paralelo – numa situação atípica – o projeto Meninas de Ouro do Futsal valadarense, quase sempre sobrevivendo pela benevolência de pessoas anônimas, não deixando de ser reconhecida a existência de sérios parceiros.

Semanas Universitárias, Jogos Olímpicos da cidade, Jogos Abertos de educandários, o tradicional e empolgante LURDÃO, torneios de bancários, enfim já tivemos de tudo e hoje pouco temos. O que houve? O que fazer?

Pandemia à parte, os tempos mudaram, os entusiasmos também e o glamour nem pensar. Envelhecemos nós, e as histórias não contadas são páginas viradas. Será que vale a pena registrar que o esporte é vida, que o esporte é educação, que o esporte é saúde?

Pouco ou nada conhecida é a história de que tempos atrás, em função de sérios desentendimentos do grupo de Luiz Bento Macêdo em relação a outrem (herdeiros ou sucessores de Dolfino ‘Italiano’ Chisté), foi fundada uma Liga de Esportes alternativa na cidade – denominada Liga Municipal do Desporto e de cujo estatuto constava a previsibilidade de competições oficiais de modalidades diversas.

Dentre outros, contemplava-se o Futebol de Salão, o Voleibol, o Basquetebol, a Natação, o Judô e o Atletismo. O futebol propriamente dito, não promoveria competições oficiais em decorrência da existência e funcionamento da Liga de Futebol Amador de Governador Valadares.

Doutor Arnóbio Pitanga, Gilberto Metzker, Clério Teixeira, Tião Carioca Nunes, José Carlos da ‘Periquito’ e profissionais da área de Educação Física (à época grande parte pessoas licenciadas para o mister) estiveram à frente dos trabalhos que, em Assembleia Geral, realizada nas dependências da Praça de Esportes, criaram uma LIGA ECLÉTICA ,aprovaram seu estatuto e elegeram sua primeira diretoria.

Razões diversas e adversidades menores concorreram para que a LIGA criada não fosse registrada, jogando por terra interessante projeto. Chegou-se ao quase, faltando o finalmente.

E hoje, o que temos? Como é mesmo a história do ‘rabo de cavalo’? Seu crescimento vai em que direção? Não pode ser diferente?

Nos dias atuais, com tanta modernidade e facilidades, com um pouquinho de criatividade, vontade e objetividade, pode-se criar UMA LIGA plural que faça movimentar a cidade e região com um universo de competições esportivas de inúmeras modalidades. Querer é poder. Para tanto é preciso projetar.

(*) ex-atleta

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal

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