[the_ad id="288653"]

Um negócio nas arábias

Luiz Alves Lopes (*)

Está na história do cinema que durante determinada recessão ocorrida nos Estados Unidos da América um homem de negócios falido procurou recuperar suas perdas financeiraa viajando para a Arábia Saudita a fim de vender uma grande idéia para um monarca que estava construindo um enorme complexo no meio do deserto.

Do cinema para a realidade, NEGÓCIOS DAS ARÁBIAS se iniciam com uma farsa sobre conflitos sociais, convertendo-se em uma alegoria sobre a desumanização do capitalismo, finalizando-se em uma  fábula romântica.

Arábias as temos de sobra, sendo elas Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Omã, Kuwait e frações da jordânia e do Iraque. Aqui e agora, nos interessa  com mais intensidade a Arábia Saudita.

Que o futebol enlouqueceu não há duvida alguma. Chegou a ser um negócio da China mas acabou por lá degringolando, ocasionando algumas situações inusitadas. Passada a euforia o futebol chinês não mais ocupa  espaços midiáticos em patamar elevado. É apenas mais um.

Passadas as euforias pelos futebol da Itália, Espanha e Alemanha, reconhecidamente grandes centros futebolísticos mundiais, não há como negar que a LIGA inglesa, nos dias atuais, sintetiza a atração maior quando se fala no futebol association. Em todos os sentidos.

0 que temos nas ARÁBIAS, melhor dizendo, na Arábia Saudita? Um país estupendamente rico e que tem na exploração e exportação do petróleo sua maior riqueza. Uma legislação extremista, sendo um dos países mais criticados pelos organismos internacionais de direitos humanos, eis que sabidamente tem um governo familiar e totalitário vigente  desde o limiar da década de 50.         

Preocupados em melhorar a imagem externa junto ao ocidente, altamente negativa e criticada, ante a tantas demandas mundiais, quer no combate as desigualdades, na ajuda nas reconstruções, na melhoria climática, na pesquisa e na ciência, comodamente optaram em “gastar” no divertimento do futebol cifras astronômicas que até Deus duvida.

O FUTEBOL – um grande negócio, não é um negócio das Arábias, porém passa a ser um GRANDE NEGÓCIO NAS ARÁBIAS, inicialmente para futebolistas e treinadores,acreditando-se que em breve, muito em breve, outros mais envolvidos na modalidade esportiva tomarão o mesmo rumo. Questão de tempo.

Em especial o futebolista ou  atleta de futebol como queiram, tem uma carreira curta, incerta e sujeita a adversidades. Amor à camisa já era. Os tempos são outros. Hoje está bem, amanhã nem tanto. O torcedor que hoje aplaude é o que vaia e ameaça no dia seguinte. E as contusões?  Válidas e corretas as preocupações com o futuro, com a família e aposentadoria.

Vai, daí, que uma grande leva de craques consagrados, ainda que criticados, de maneira sábia estão se mandando para o oriente, vinculando-se profissionalmente em clubes da liga saudita que em breve passará a incomodar. Melhor dizendo, já está incomodando.

Questão de tempo para que atletas medianos, ainda não famosos, também partam em busca de um futuro promissor, de um NEGÓCIO NAS ARÁBIAS. Empresários ou agentes como queiram, certo WALDEREZ, também ocuparão seus espaços.

Alguns canais televisivos já transmitem com empolgação a correria momentânea do futebol por lá praticado. Breve estará cadenciado, Jorge de Jesus à parte.

Com o passar do tempo, como ocorreu no Japão, provavelmente se trabalhará a juventude para que ela se interesse e se desperte para a prática do esporte que é coqueluche mundial, negócio rentável e de até interesses inconfessáveis. É o futebol…

(*) Ex-atleta


N.B.1 – Assiste razão ao antipático técnico de futebol da Sociedade Esportiva Palmeiras por ocasião da coletiva após o clássico contra o Santos pelo returno do  brasileirão 2023. O futebol está infestado de maldades e crueldades. Pelo menos ele tem coragem de falar. Foi-se o tempo do futebol puro e romântico…

N.B.2 – Se Renato Gaúcho tinha compromisso agendado no Rio de Janeiro no amanhecer da segunda-feira seguinte à partida entre Grêmio x Inter, seria natural que um de seus auxiliares concedesse entrevista obrigatória em seu lugar. Celeuma desnecessária…

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

[the_ad_placement id="home-abaixo-da-linha-2"]

LEIA TAMBÉM

A crise moral na pós-modernidade

🔊 Clique e ouça a notícia Vivemos em uma era marcada por profundas transformações culturais e sociais, onde a crise moral tem se sobressaído de maneira sutil, mas impactante. Em

Aprendendo mais sobre hackathons

🔊 Clique e ouça a notícia Se você está por fora do que é um hackathon, não se preocupe, porque hoje é o dia de entender como esse evento pode

‘I have a dream’

🔊 Clique e ouça a notícia Não importa se parodiando Martin Luther King ou o grupo ABBA. “Eu tenho um sonho”, de magnitude ímpar, se coaduna com caminhadas terrenas de