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Prazer e realidade: os dois princípios que governam nossa alma

por Leonizio Azevedo
fevereiro 15, 2020
dentro LUCAS NÁPOLI
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Eu amo
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por Dr. Lucas Nápoli (*)

Caríssimo leitor, você já se perguntou qual é a motivação básica dos seres humanos? É claro que cada uma de nossas ações é motivada por uma ou, mais frequentemente, várias razões. Mas, será que existiria uma força fundamental que estaria na origem de todos os nossos comportamentos?

Alguns autores da Psicologia defendem a tese de que não existe um único fator motivacional básico, mas vários. Esse é o caso de Abraham Maslow (1908-1970), psicólogo norte-americano que se notabilizou dentro e fora do campo psicológico por sua famosa “hierarquia de necessidades”. Maslow acreditava que nós somos movidos por necessidades. À medida que necessidades muito básicas, como sobrevivência e segurança, vão sendo satisfeitas, outras mais sofisticadas começam a aparecer, como as necessidades de relacionamento interpessoal e autorrealização. Para esse autor, portanto, é possível extrair de cada comportamento humano, por mais insignificante que seja, as necessidades que a pessoa está buscando satisfazer.

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Outros autores, da corrente conhecida genericamente em Psicologia como Behaviorismo ou Comportamentalismo, acreditam que não existem fatores motivacionais internos. Para esses psicólogos, nós não somos movidos por necessidades ou impulsos. Segundo eles, o que determina os nossos comportamentos são os fatores externos, ou seja, as experiências que vivenciamos na nossa relação com o mundo. O homem seria o produto dessas experiências que teve ao longo da vida.

Sigmund Freud, fundador da Psicanálise, também se viu às voltas com o problema da motivação humana. Assim como os demais expoentes do campo psicológico, o médico vienense também estava interessado em descobrir se haveria algum elemento básico que poderia ser a resposta última para a pergunta: “Por que as fazem o que fazem?”. E o pai da Psicanálise de fato chegou a uma conclusão baseando-se, sobretudo, na experiência com seus pacientes neuróticos. Para Freud, o que está por trás de todos os nossos comportamentos, em última instância, é a busca de prazer.

Isso não significa que o médico vienense desconsiderava a existência de outros fatores motivadores. Freud sabia, por exemplo, que, além de buscarmos a experiência do prazer, nós também buscamos garantir a própria sobrevivência. Contudo, ao investigar as minúcias dos quadros patológicos de seus pacientes, ele foi se dando conta de que o próprio “instinto de sobrevivência” (como costumamos dizer no senso comum) acaba sendo colocado por nós em segundo plano em relação à busca por prazer. Quantos casos não conhecemos de pessoas que arriscam seriamente a própria vida para poder vivenciar uma experiência prazerosa? E o que dizer da anorexia, condição em que o sujeito deixa de se alimentar em nome de elementos de ordem inconsciente vinculados a experiências indiretas de prazer?

No caso específico da espécie humana, a busca pelo prazer e pela evitação do desprazer aparece como o fator motivacional preponderante logo nas primeiras semanas de vida. Basta acompanhar um bebê durante alguns dias para perceber que ele não mama apenas para alimentar-se, mas mama, acima de tudo, para experimentar o prazer de sugar o seio da mãe e sentir o sabor e textura agradáveis do leite materno sendo derramado em sua boca. Em suma, o bebê não usufrui apenas do leite, mas sobretudo do deleite proporcionado pelo seio.

Reconhecendo fenômenos como esse e os que acompanhava em sua clínica, Freud formulou a tese de que a mente humana, no início da vida, é governada por uma tendência de funcionamento que ele denominou de “princípio do prazer”. Em nossa vivência cotidiana, o prazer é percebido como um sentimento, ou seja, uma experiência afetiva. Contudo, se utilizarmos a metáfora da máquina (proposta por Freud) para pensar a nossa psique, o prazer corresponderia basicamente a uma descarga de tensão energética. Nesse sentido, podemos dizer que o princípio do prazer foi o nome que Freud deu para a tendência que a nossa mente tem de descarregar as tensões que nela são geradas pela própria vida.

Uma descarga completa das tensões não nos seria benfazeja, pois equivaleria à morte. Por outro lado, a vida frequentemente nos obriga a adiar a descarga de certas tensões ou a procurar formas mais “eficazes” de descarga. Por essas duas razões, a existência introduz em nossa mente um segundo princípio de funcionamento, que Freud chamou de “princípio de realidade”, o qual funciona como uma espécie de moderador do princípio do prazer. Enquanto o segundo nos leva a buscar a descarga imediata e total das tensões (o prazer absoluto), o primeiro nos convoca a levar em conta a realidade, com seus limites, suas proibições, suas contingências. O princípio do prazer permanece sendo o soberano, só que agora, auxiliado pelo princípio de realidade, ele deixa de ser autodestrutivo.

A introdução do princípio de realidade coincide com o processo que chamamos de amadurecimento, o qual, em suma, consiste em aprender a lidar com os limites, as frustrações, o sofrimento. Amadurecidos, continuamos buscando o prazer, mas não mais de uma forma que coloca a própria existência em risco.

(*) Psicólogo/Psicanalista, Doutor em Psicologia Clínica (PUC-RJ), Mestre em Saúde Coletiva (UFRJ), Psicólogo clínico em consultório particular,  Psicólogo da UFJF-GV, Professor e Coordenador do Curso de Psicologia da Faculdade Pitágoras GV e autor do livro “A Doença como Manifestação da Vida” (Appris, 2013).

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal

Tags: diarioriodocegvlucasnapoli
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