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Pausa para meditação

Luiz Alves Lopes (*)

Ultrapassamos o SETE de SETEMBRO de um ano eleitoral. Independentemente do que ocorreu em todo o Brasil, pedimos vênia à boleirada e a outros menos votados para uma pequena e oportuna abordagem dos 200 anos de nossa Independência e do que vimos na avenida Minas Gerais, na terra de José de Serra Lima.

Diante de um belo e respeitoso público, constituído quase que totalmente de pessoas simples – os figurões e importantes, raras as exceções, não têm tempo -, presenciamos um momento cívico de altíssimo nível, muito bem organizado e que oportuniza reflexão e meditação sobre a vida mundana, do que somos, do que valemos e de nosso comprometimento.

É praxe, é costume, é tradição, quase mesmo uma obrigação, anualmente na data aprazada, ter no tradicional desfile de SETE DE SETEMBRO as presenças das forças de seguranças e correlatas, com extensão ainda a organismos e setores importantes da sociedade civil, incluídos setores educacionais. Foi o que vivos e constatamos. Este ano não foi diferente.

Ver o agrupamento de atiradores do TG-74 e seus compenetrados instrutores deslizando garbosamente pela avenida sob olhares e palmas do público presente fez-nos viajar ao passado e rememorar 1966, inesquecível ano de aprendizado e de formação ética e moral. No TG se aprende tudo isso e muito mais.

Polícia Militar de Minas Gerais com desfile de integrantes de alguns pelotões, afora contingentes dos vários setores e áreas de atuação, numa demonstração de alto nível e mostrando para a população presente onde atua e onde ela pode buscar atendimento que faz por merecer. Frota de veículos aparentemente novos, o que é muito bom.

Também integrantes das forças de segurança e, não menos importantes, agrupamentos do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil foram impecáveis em suas apresentações, mostrando disciplina, comprometimento e espirito patriótico. Valorizaram o espetáculo.

Ah! O Colégio Tiradentes da Polícia Militar. Verdadeiro batalhão de jovens. Provavelmente todos os estudantes do educandário estiveram no desfile. Que espetáculo! Que disciplina! Que comprometimento! Uns felizardos pelo que têm de oportunidades.

E os maçons? Continuam comprometidos. Continuam discretos. Sem sensacionalismo. Continuam participativos. Tenente Clério Teixeira, coronel Luiz Albino, sociólogo Dirley Henriques e muitos outros. Bonito de se ver.

Teve também a presença dos jovens e adolescentes do PROERD, fantástico projeto/programa da Polícia Militar sem badalação e que é voltado para a prevenção ao consumo de drogas ilícitas. De resultados fantásticos.

E os escoteiros? Tantos os mirins como os adultos proporcionaram uma bela lição de civismo e de patriotismo. De tocar fundo no coração de quem tem sentimentos. Atividade ímpar e que merece aplausos.

Registrar, também, o desfile da Polícia Penal. Mostraram entusiasmo, organização e profissionalismo. Categoria que busca afirmação e melhor conceito aos olhos da população. Marcaram pontos preciosos no dia SETE.

Deixar de registrar a presença do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – o SAMU? De forma alguma. Se fez presente, foi notado e fez por merecer as palmas recebidas por ocasião do desfile. Serviço indispensável para qualquer munícipe.

Para completar, e não menos importantes, as presenças de tantos outros educandários e segmentos, noves fora o tradicionalíssimo grupo dos “excluídos” e seus clamores. Faz parte do processo democrático.

O espetáculo passou. Para o grande público foi exibido o que há de melhor, com  grandeza , quantidade e de qualidade. Exuberância e riqueza se fizeram presentes. E agora, José?

Na prática, no dia a dia, na hora de a onça “beber água”, poderá o cidadão comum contar com os serviços e assistências dos órgãos e instituições que tão bem se portaram na AVENIDA da outrora Princesa do Vale?

Há qualidade e quantidade de atores efetivos, condições de trabalho, estruturas, remunerações decentes e tudo o mais necessário para que o cidadão comum e os próprios atores das engrenagens usufruam de direitos e prerrogativas? Ou foi apenas mais uma festa?


(*) Ex-atleta

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

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