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Parques de diversões

por Coronel Celton Godinho (*)

Qual a criança que não gosta de se divertir num parque de diversões? Aqueles que têm de tudo o que há de bom, como rodas gigantes, carros de batida, mexicano, carrossel, maçã do amor, balas de todos os tipos e sabores, sorvetes, o trem fantasma, a mulher barbada, a montanha-russa e outros mais?

Afinal, o que é um parque de diversões? É um conjunto de instalações para o divertimento de crianças.

Essa tradição de se ir a parques de diversões surgiu na Europa há quase 500 anos, como substituto de espaços nas cidades, onde as pessoas pagavam para ter acessos a algumas atrações. Tiveram origem nas feiras comerciais que já existiam desde o século XII na Grã-Bretanha.

O parque de diversões mais antigo do mundo é o Bakken, fundado em 1583, em Klampenborg, na Dinamarca, bem próximo da Capital Copenhagen.

O primeiro parque temático para crianças, a “Cidade da criança, foi criado em 1968, pela antiga TV Excelsior, e inicialmente seria cidade cenográfica. Foi reformado em 2010.

Hoje existem no mundo diversos e moderníssimos parques de diversões, como a Disneylândia, em Orlando, nos EUA.

Gostava muito de ir aos parques. Meus pais sempre me levavam, juntamente com meus irmãos. Não eram esses parques modernos, pois vivi na maior parte de minha vida em pequenas cidades do interior, mas eram muito divertidos. E como!

Os parques chegavam à cidade e logo eram montados em espaços próximos ao centro, que já eram de costume e todos conheciam. Não eram áreas pavimentadas, mas na terra, um poeirão.  Eram um “mundo de gente” e jeringonças que eram montadas com ajuda, muitas vezes, de mão de obra local. Ah! E na maioria das ocasiões, não havia inspeção do Corpo de Bombeiros nos brinquedos; bastava apenas um alvará da prefeitura. Aliás não havia unidade do Corpo de Bombeiros próxima que pudesse fazer as vistorias devidas. E olha que ninguém tinha medo dos brinquedos, e não se tinha notícia de acidentes nesses locais.

E começava a festa no fim de semana com a abertura oficial do parquinho, como a gente chamava. Ainda me lembro que havia um serviço de som com músicas populares em alto-falantes “estrategicamente” posicionados no espaço das atrações. As mães com os meninos pequenos no carrossel e os maiores se esbaldando nos outros brinquedos.

De repente a gente ouvia: “Roda gigante, gigante dos ares! São 12 cadeiras e 36 lugares! Balanços venezianos, balanços que vai e que vem! De um lado balança você, e de outro balança o seu bem”! [Rsrsrs]. “Bonequinho de borracha, não estica e nem relaxa! Enquanto  papai trabalha, a criança se diverte”! E continuava o animado locutor: “Esta música vai para a linda menina, a moça morena , trajada com um vestido branco com bolinhas azuis, a pedido de um fã”. Rossini Pinto canta: “Receba as flores que lhe dou”! A turma não aguentava de rir.

O parque era um grande evento na cidade, principalmente, nos fins de semana. E o tal de tiro ao alvo em caixas de fósforo com rifles de pressão com rolha, que só valia se caíssem no pano?! Eles regulavam a pressão das armas, e só ganhavam prêmios quando o rapaz da barraca deixava. Mas a gente dava um jeito!!! Era muita molecagem naquela época!

Ainda sinto saudades daqueles parquinhos, dos tempos em que a gente saía comendo uma maçã do amor ou um churrasquinho, não se sabendo de quê. Mas eram momentos de grande felicidade com toda a família reunida.

(*) Advogado militante – Coronel da Reserva da Polícia Militar.
Curso de gestão estratégia de segurança pública pela Academia de Polícia Militar e Fundação João Pinheiro

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