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Os reclames da Niterói valadarense

Luiz Alves Lopes (*)

Nos antigamente do futebol das Minas Gerais, o clássico maior, também conhecido como clássico dos milhões, reunia o América “DECA” e um tal de Clube Atlético Mineiro, enquanto o Cabuloso corria por fora, sob a alcunha de Palestra Itália. Depois tudo mudou…

Clubes de futebol têm seus altos e baixos. No passado, o América teve a Alameda, o Atlético teve o Lourdes, e o Cabuloso, o Barro Preto. Mudanças ocorreram para mais e para menos.

O América vive um bom momento dentro e fora das quatro linhas, exatamente pela qualidade de seu grupo dirigente. Ainda assim, sua torcida é diminuta em relação aos outros dois maiorais. Comumente se diz que em duas Kombis se transportam os torcedores americanos. Uma grande maldade.

A referência ao América, segundo time de todo torcedor, guarda consonância com o entendimento que temos sobre o número de leitores que nos acompanham aos domingos, no Diário do Rio Doce.

E vai daí que o telefone toca e, do outro lado, com veemência incomum, Julinho – o Gordinho -, que foi bom de bola e de fino trato, reclama que não registramos ou abordamos fatos inerentes ao futebol e futebolistas da Niterói valadarense, em especial falando do Vila Isa Esporte Clube, do Esporte Clube Ibituruna, do Alterosa e do Estrela do Mar.

Razão não lhe assiste, mas, ainda assim, vale a pena registrar e relembrar fatos inerentes a muita gente boa que militou no futebol amador valadarense e cujas esquadras pertenciam ao reduto localizado do outro lado da ponte sobre o Rio Doce e que clama por duplicação.

Registrar, dentre outras, as extraordinárias passagens e administrações de Ranulfo Alvares da Silva e Ubiracy Conceição de Brito à frente do Vila Isa, dando ao clube credibilidade e títulos que não foram poucos. Época do “rolo compressor”. Cabe ainda o registro da passagem de Kaizer Teixeira à frente do clube, ainda que muito contestado. Faz parte…

No Ibituruna da “pedra forte”, também conhecido como o primo pobre (tá certo, Levy?), Domingos de Paula Pimentel e José Glória “Feca” Barbosa figuraram, ao lado de outros, na prateleira de dirigentes que serviam a seus clubes, deles não se servindo. Exemplos para muita gente que anda por aí…

Traídos pela mente, faltam-nos os nomes dos primeiros dirigentes do Estrela do Mar. Pessoas humildes, porém aguerridas, sérias e intransigentes. A elas, logo a seguir, juntou-se Zé Antônio, e a cantiga continuou a mesma. Muita seriedade e dedicação.

Do Alterora Esporte Clube  – do Posto do Jairo -, a figura de “Molhado” se destacava por sua liderança e coragem, inclusive com pronunciamentos agressivos e desafiadores no microfone disponibilizado por Beto Teixeira em seu programa esportivo. Êta tempo bão!…

Mas tem também a história do FERREIRINHA, que tinha seu time de jovens treinando nas segundas-feiras e jogando aos sábados à tarde ou domingos pela manhã, dependendo da disponibilidade do campo de areia onde hoje se localiza a COVEPE. Perguntem ao Pulica os nomes dos craques…

Craques por aquelas bandas não faltaram. Fiquemos em alguns, sabedores que reclamações ocorrerão: Henrique, ponta esquerda que acabou no Democrata; Wanderlei, meio campista que também figurou no Democrata em 75; Tataia, o “goleador e brigador”; Ferreira, goleiro dos bons; Adilson; Zé Barbosa; Tenente Dema; Acúrcio; Borboleta; Zezé Pipoca; Renatinho “que batia até na mãe”; Levy; Brasinha; Samuel; Ernandes; Janjão; Nega; Celso Macêdo; Lito e… gente em quantidade e qualidade.

De propósito deixamos de registrar “levas” de craques da cidade para o outro lado da ponte, em especial a proporcionada pelo Imperador em determinada ocasião. Outras houve, em número menor, em função da potência da então Coca Cola na cidade. É passado…

Afora inúmeras ausências e omissões, há de se registrar a liderança e o carisma de GERALDO MARINGÁ, com simplicidade de fazer inveja a inúmeros mortais que se intitulam líderes e que se apresentam com os narizes empinados.

E do simplório senhor Zé Mota, cuidador do campo do VILA por anos e anos. Pessoa que há de ser reverenciada por quem conhece a verdadeira história do clube.

Encerrando, com tristeza, o registro de que o Esporte Clube Ibituruna recebeu no passado por doação do Município, valorizada área de terreno marginal à rodovia Rio Bahia e negociada posteriormente com terceiros. Que fim teria levado a nova área? A quem caberia fiscalizar? Mais um campo que se foi.


(*)- Ex-atleta

N.B. – Para boleiros, não boleiros e simpatizantes do mundo esportivo valadarense: Dia 20 de agosto – domingo – pela manhã, nas dependências do Coopevale Futebol Clube, evento que terá palestra de GERALDÃO para adolescentes e do JOSÉ ANGELO (PRECA) para a velharada. E macarrão na chapa, galinhada, cerveja gelada e parte musical. Querendo o Criador do Universo, neste dia, em assembleia, será oficializada a criação do Projeto Pingo D’Água, voltado para orientar pessoas em vulnerabilidade social através de pequenas ações solidárias.

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

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