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O que vem depois do tchau? 

FOTO: Victor Carrero/Real Madrid

por Vitor Almeida (*)

A edição da Liga dos Campeões da Europa da temporada 23/24 está sendo marcada pela ausência de Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, ambos jogando fora do radar europeu. É a primeira vez desde 2002 que a competição não contará com pelo menos um dos dois jogadores. A estreia de Cristiano foi em 2002 pelo Sporting, de Portugal, enquanto o argentino estreou pelo Barcelona em 2005. Desde então, foram 18 edições com os dois atletas. Messi ganhou quatro vezes com o clube catalão, enquanto o português saiu vencedor cinco vezes, sendo quatro com o Real Madrid e uma com o Manchester United.

Este é o fim de uma era glamorosa, vencedora e extremamente competitiva que marcou gerações de amantes do futebol. Os dois jogadores atingiram marcas inacreditáveis nesta competição, consideradas impossíveis por muitos.

As ausências deles nos levam a questionar se a maior competição de clubes do mundo perdeu seu brilho ou relevância. No entanto a Champions continua sendo o troféu mais valorizado por clubes e jogadores em todo o mundo.

O fato de não vivermos partidas fantásticas proporcionadas por esses grandes jogadores não diminui sua importância. Sentimos saudades das jogadas fabulosas de Lionel Messi e dos gols inimagináveis de Cristiano Ronaldo, e carregamos com nostalgia o peso de saber que, se um deles entrasse em campo teríamos a certeza de um grande jogo.

Precisamos dar continuidade ao esporte. Nesta edição da Champions vemos como favoritos ao título times que têm um plantel mais coletivo, focados em seus esquemas táticos, diferentemente de anos atrás, quando os favoritos eram os clubes com elencos estruturados ou aqueles com Messi e Ronaldo.

Vamos nos apegar ao passado e herdar o saudosismo do futebol com orgulho e carinho, sim. Testemunhamos, talvez, os melhores jogadores da história do futebol em seu auge, realizando feitos que nunca teríamos acreditado se não tivéssemos vivenciado. Mas como diz Elis Regina: “Nossos ídolos ainda são os mesmos, e as aparências não enganam. Você pode dizer que, depois deles, não apareceu mais ninguém, mas é você que ama o passado”.

Não devemos nos prender a discussões sobre quem foi melhor. O melhor sempre será aquele que despertou algo além das quatro linhas. Se for para escrever um livro sobre Cristiano Ronaldo, dedicaremos um capítulo a Messi, e vice-versa.

Com pesar no coração, nos despedimos da Era Cristiano e Messi na Liga dos Campeões. São jogadores únicos, mas Pelé, Cruyff, Maradona e Ronaldo também foram, e o futebol seguiu seu rumo.

Estamos diante de uma nova geração de jogadores talentosos, e novas histórias e jogos serão escritos. Resta a nostalgia da maior rivalidade que dois jogadores lendários propuseram e a esperança de ver novas noites de Champions League tão emblemáticas quanto as que já vimos.

Certamente, vamos nos perguntar por que algumas coisas precisam de um desfecho ou por que elas não são eternas? Mas devemos olhar para frente e nos alegrar com o passado, afinal, EU VI CRISTIANO RONALDO E MESSI JOGAREM!


(*) Estudante de Publicidade & Propaganda da Univale

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

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