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O que fazer quando os recursos emocionais se esgotam no trabalho?

Dileymárcio de Carvalho (*)

O primeiro ponto então é entender que recursos emocionais também se esgotam. E o resultado é o adoecimento emocional. Então, assim como recursos naturais como a água, é preciso cuidar do chamado ecossistema, no caso na natureza, florestas, matas, pequenos córregos, nascente e lógico sem queimadas para que a água que não é um recurso eterno não acabe. Com o sistema emocional não é diferente. Para preservar e usar emoções ao longo de uma vida profissional é preciso cuidar do “Ecossistema Emocional”.

Entre vários pontos, apresento dois sinais de que um recurso emocional pode estar se esgotando: a intolerância por situações antes levadas com tranquilidade é um deles. O nível de tolerância, que nada tem com ser permissivo, é um indicativo. E ele sempre está relacionado à outra questão. Ou seja: a intolerância é um sintoma de que algo já foi mexido negativamente.

Hoje eu aceito algo sem questionar, ou mesmo sem me posicionar porque é minha obrigação no trabalho, certo? Não, nada certo. E essa aceitação pode requerer o controle e uso de uma determinada emoção que não era para aquele momento. Resultado: retirei recurso emocional de onde não deveria e ele vai fazer falta.

O esforço para executar uma atividade além das minhas condições físicas e de treinamentos ou condições adequadas no trabalho também é uma situação que tira forças emocionais de um profissional. E aqui temos também dois cenários: o pessoal, que faz insistir em algo que não estou preparado, ou que não é para mim, também resulta em desgaste emocional. E o outro cenário são as condições de trabalho, sejam dos ambientes e nas relações também roubam recursos emocionais.

Muitos profissionais que não conseguem saber por que estão emocionalmente esgotados em determinada situação no trabalho podem ter usados seus recursos psíquicos e psicológicos de forma errada ou simplesmente desperdiçaram forças emocionais.

Novamente dois cenários são importantes: o primeiro é saber o que de fato é da minha responsabilidade no esgotamento emocional. E aqui o autoconhecimento psicológico é fundamental. Se conhecer psicologicamente ajuda a definir a gestão dos seus recursos emocionais.  Mas também tem a responsabilidade das empresas na busca por garantir a segurança psicológica organizacional.

Eu cuido hoje das minhas emoções no trabalho para ter qualidade de vida emocional para as circunstâncias certas e na dosagem correta. Uma pergunta é: vale mesmo todo esse desgaste emocional?

(*) DILEYMÁRCIO DE CARVALHO- PSICÓLOGO CLÍNICO COMPORTAMENTAL- CRP: 04/49821 – Email: contato@dileymarciodecarvalho.com.br

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

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