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O FUTEBOL (PARTE 02)

Por Crisolino Filho

Na parte 01 desse artigo, publicada dia 22/11/20, comentamos sobre a boa fase que o América mineiro atravessa, bem como alguns fatos do futebol brasileiro. Apesar de o Brasil ser o único pentacampeão mundial de futebol, ter o campeonato nacional mais longo

e mais competitivo entre as nações, e de ter uma infinidade de times de futebol de primeira, segunda e terceira divisões, os que sempre controlaram esse esporte foram os europeus. Não é por acaso que a FIFA (em inglês Federation International Football Association, em português Federação Internacional das Associações de Futebol) tem seu endereço/sede em Zurique, na Suíça. Desde a sua fundação, em 1904, é assim. O brasileiro João Havelange, um de seus presidentes, fez muito pelo país, mas de lá dos Alpes. Este introito é apenas para chegar ao ponto de vista onde o esporte cruza com ideia de desenvolvimento.

O mundo desenvolvido é assim: impõe regras aos países menos evoluídos se esses quiserem benefícios econômicos, melhoria na qualidade de vida de seus habitantes ou ter acesso aos avanços tecnológicos. Mas como o mundo está muito confuso, quase todos os assuntos estão sendo politizados, e hoje tenho muitas dúvidas se determinado país desenvolvido deseja mesmo que os países considerados periféricos também se desenvolvam.

Em 2014 o Brasil sediou a Copa do Mundo – um fiasco de 7X1. Em 2010 foi realizada na África do Sul a primeira Copa no continente africano. Esses dois países que se encontram na zona de convergência dos emergentes lutaram muito para sediar o evento, já que toda nação quer sediar uma Olimpíada, uma Copa do Mundo ou os Jogos Pan-americanos. A realização dessas competições em países desenvolvidos significa que se tornarão mais ricos e eficientes. Já para os “classe média”, como nós, significa também investimentos, só que acompanhados do “jeitinho” e de corrupção. Por isso os “donos da bola”  criam  resistência fora do círculo deles, e quando aceitam, isso é, quando cedem aos desejos dos menos desenvolvidos, costumam suavizar o discurso, mas sempre como um recado chamando a atenção. É como se eles quisessem dizer:

“Vocês vão sediar o espetáculo, mas em contrapartida têm de modernizar estádios, melhorar a rede hoteleira, aeroportos, estradas, implantar sistema de metrôs, treinar e reeducar voluntários e recepcionistas.”

“Vocês vão sediar uma Copa, mas é preciso controle rigoroso na venda dos ingressos”, associando esse fato à evasão de rendas, má administração, ineficiência, política e corrupção, que andam juntos por aqui. 

“É uma chance que vocês têm de progredir e desenvolver, pois conhecemos suas deficiências e ‘jeitinhos’ seculares.”

Tem-se a ideia de que “Eles” pensam que o Brasil não anda com as próprias pernas. Por si e nas mãos da Câmara dos Deputados, do Senado e dos Executivos, melhorias são difíceis demais, improváveis, demoradas ou não realizáveis. Somente com puxões de orelhas do primeiro mundo há probabilidade de mudança. Apenas com suas lideranças carece de competência.

Os Jogos Pan-americanos que foram realizados em 2007, na cidade do Rio de Janeiro, tinham previsão de gasto inicial em torno de R$ 350 milhões. No entanto, ao final, a conta ficou em R$ 1,5 bilhão, quase cinco vezes mais caro. Uma nova linha do metrô, que deveria ligar o centro da cidade ao estádio do Engenhão, não saiu do papel.

E, finalmente, o último chamamento para a mudança é nosso:

“OLHA! Que o hexa em 2022, no Catar, seja precedido das reformas que o Brasil precisa: tributária, administrativa, comercial, bancária, política e fiscal. E vamos sonhar como campeões em desenvolvimento.

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