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O EXEMPLO DO MAESTRO URUGUAIO TABÁREZ

Luiz Alves Lopes (*)

ÓSCAR Washington TABÁREZ Silva, nascido em 3 de março de 1947 em Montevidéu, capital do Uruguai, é ex-futebolista profissional. Atuava como zagueiro e atualmente é o treinador da seleção do Uruguai, o que faz há mais de uma década e meia.

Na última semana de maio passado, programa esportivo intitulado A BOLA DA VEZ proporcionou-nos oportunidade impar de conhecer a trajetória, o trabalho, o exemplo, a dignidade e o resultado daquilo que se fez e continua sendo feito com amor, lisura, competência, afora conhecimentos daquilo que norteia o esporte das multidões e seus meandros, por parte do maestro Tabárez.

De população diminuta, também diminuto é o número de futebolistas existentes no país vizinho, duas vezes campeão mundial, noves fora a tragédia de 50 no Brasil. Assim, diminuta a quantidade, resta buscar, trabalhar e colher a qualidade. É o que faz o Maestro.

Por mais de hora e meia, prazeirosamente e pacientemente, jornalistas conceituados como André Kfuri (ético, decente, culto e educado), por exemplo, contando ainda com a participação de LUGANO, ex-atleta e pupilo, puderam sabatinar o treinador uruguaio e dele receber respostas expositivas, longas, porém necessárias, trazendo à baila valores que não são próprios de treinadores de futebol.

Durante o programa, de forma gravada, ocorreram as intervenções dos treinadores TITE e FELIPÃO, ambas marcadas pelo carinho, respeito, reconhecimento e admiração pelo trabalho já feito e que continua a ser feito pelo comandante da Celeste Olímpica, acrescidas de considerações outras a respeito do ser humano. RECONHECIMENTO. Muito bom.

Há de se registrar que TABÁREZ apresenta quadro de saúde debilitado faz tempo, o que implica ou implicará em sua saída do comando da seleção uruguaia após o encerramento da próxima Copa do Mundo, desde que consiga a almejada classificação. É o que está acertado.

Responsável por comandar e capitanear o crescimento e recuperação do orgulho da seleção uruguaia, o MAESTRO vive, faz tempo, período delicado em relação a sua saúde. Atribui-se-lhe a síndrome de Guillain-Barré. Doença rara no âmbito da medicina e que pode ser adquirida essencialmente por alguma infecção de origem bacteriana ou mesmo de origem oral, afetando o sistema nervoso e imunológico, ocasionando limitação dos movimentos. É o que parece ter ocorrido com o mestre Óscar Tabárez.

O programa exibido equiparou-se a uma verdadeira sala de aula, privilegiando alguns na primeira flieira, sendo certo que Lugano, um dos alunos de sucesso no futebol mundial, lá estava se deliciando com as narrativas do mais longévulo treinador que revolucionou o futebol no pais vizinho.

Em sua explanação inicial, o entrevistado historiou a tradição ‘briguenta’ do atleta uruguaio, bem como de sua seleção, narrando detalhadamente o caminho percorrido para que passasse a jogar um futebol bem jogado, bonito de se ver, em detrimento de uma ultrapassada ‘catimba’ ou mesmo inaceitável animosidade dentro das quatro linhas.

Registrou, com brilho nos olhos, que o grande tesouro existente atualmente no futebol vizinho é o FUTEBOL INFANTIL. Delineado, projetado e valorizado. E que tem dado resultados extraordinários.

Foi sincero ao registrar que o atleta de futebol uruguaio é um imigrante, realidade inconteste que deve ser entendida e compreendida, além de muito bem administrada. O importante é que seja bem trabalhado na base, tenha sentimentos e reconhecimento ao atingir o estrelato e ganhar o mundo.

Enfatizou que no início de seu trabalho pode constatar que o jogador uruguaio se sentia impotente para corresponder ao anseio do torcedor de seu país, sendo o trabalho inicial o de proporcionar condições outras para que tal impasse fosse superado.

O jovem tem sonhos e se submete a seduções. Deve ser assistido, trabalhado e compreendido. Precisa conhecer a história futebolística de seu país, a de seu clube e de ter relacionamento harmonioso com todos seus companheiros – registrou.

Em nosso país, no momento atual, o outrora poderoso Vanderley Luxemburgo “corre” de oficial de justiça, esquivando-se de dívida de IPTU. Na outra ponta, uma história esquisita e que precisa ser esclarecida: a demissão de Valentim, transcorrida apenas a rodada inicial do Brasileirão.

Do pequenino Uruguai veio uma contagiante e emociante aula sobre o futebol através do maestro ÓSCAR TABÁREZ. Valeriam a pena algumas palestras Brasil afora.

(*) Ex-atleta

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