[the_ad id="288653"]

O DESAFIO DA ABORDAGEM

Luiz Alves Lopes (*)

Houve tempos que deixaram saudades, que em oportunidades de formatação de determinados grupos de trabalho, de gestão mesmo, buscavam pessoas boas, honestas e trabalhadoras. E eram encontradas.

O tempo passou. Transformações ocorreram. E que transformações! Nos dias atuais, com os mesmos objetivos inicialmente traçados, além das qualificações apontadas, difíceis de serem encontradas, imperiosa a formação profissional das mesmas pessoas e o conhecimento da área para a qual se pretende produzir algo ou realizar alguma coisa. A isso chamamos competência.

O pretendido e projetado PINGO D’ÁGUA, braço social do Coopevale Futebol Clube, tem como objetivo contribuir de forma diferenciada, através de pequenas ações solidárias, para o desenvolvimento do ser humano em sua totalidade, promovendo oportunidades de desenvolvimento pessoal.

As ações propostas visam beneficiar pessoas em situação de vulnerabilidade social, especificamente ex-atletas, ex-dirigentes esportivos e, excepcionalmente, instituições que atuam na área do bem-estar social.

Dirão alguns: lindo de morrer e de fazer inveja. Façam…

O Pingo D’Água, em formatação provisória e oficiosamente, tem à sua frente pequeno grupo de EX-BOLEIROS que procura oficializá-lo, dando-lhe personalidade jurídica, estruturação e vida própria. Em um primeiro momento, busca o envolvimento e conscientização de um ‘grupo maior’ de boleiros e ex-boleiros, simpatizantes e integrantes do mundo dos esportes. Vai dar certo? O tempo dirá.

Estão nos objetivos do projeto: pequenas ações solidárias. Que ações são essas? É possível defini-las? Reflexões estão ocorrendo. Entre as demandas detectadas há de se destacar pessoas com dependência do álcool, de droga ilícita, com a saúde debilitada, em estado de abandono e outras anomalias.

Todo tipo de problema apontado tem proposta de solução insculpida na vigente Constituição Federal e na farta legislação esparsa de nosso país. Tem norma e previsão legal para tudo. Então, qual é o problema?

Sabidamente, o Estado brasileiro (leia-se União, estados, municípios e Distrito Federal) falha clamorosamente no cumprimento de suas obrigações institucionais. E nossa dívida social é por demais volumosa e revoltante. Tudo que se faz é a conta gota… em percentual mínimo, insuficiente.

Órgãos reguladores e fiscalizadores temos aos montões. Funcionam? Às vezes sim, às vezes não. Há conselhos, há curadorias, há instituições, há pessoas dedicadas, comprometidas, sonhadoras e que sofrem. Sofrem ao se sentir impotentes diante de tantas demandas.

Em relação às especificações de demandas já relacionadas e conhecidas, para todas elas existem no Município de Governador Valadares os respectivos conselhos e serviços de proteção e assistência por parte da Secretaria Municipal respectiva.

Desprovido no momento atual de estrutura profissional que lhe permita atuar diretamente no casos já identificados, de forma responsável, cabe e caberá ao PINGO D’ÁGUA, via dos integrantes do grupo gestor, somar esforços junto a profissionais e técnicos preparados do MUNICÍPIO para análise e encaminhamento das demandas já conhecidas.

Abordar alguém, entrevistar familiares, amigos e conhecidos, traçar diagnósticos e obter o QUERER de alguém em situação de vulnerabilidade social para se submeter a internação, tratamento e qualquer outro tipo de ajuda e assistência não é tarefa para amadores, leigos e iniciantes. É trabalho para profissionais.

Para os interessados, o registro de que o pontapé inicial já foi dado, produtiva reunião já foi realizada e a conclusão foi a de que ‘estender as mãos’ com seriedade e comprometimento é e será tarefa hercúlea. O desafio está posto.

Assim, entenda o grande público, os simpatizantes e adeptos do Pingo D’Água em especial, não ser possível e admissível a improvisação e pressa irresponsável diante dos desafios que já surgiram e surgirão. Entendam. Participem.

(*) Ex-atleta

N.B. – Após um ano de pandemia as mortes se sucedem. Estamos perdendo muitas vidas e pessoas, incluindo amigos e conhecidos. Esta semana perdemos o ‘nosso’ querido Zé Grosso – o Aniceto. Muitas tristezas. Qualidades não lhe faltaram. Que descanse em paz. Quanto a nós, reflitamos: a vacinação se desenrola em percentual tímido. Cuidemo-nos.

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de
seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

[the_ad_placement id="home-abaixo-da-linha-2"]

LEIA TAMBÉM

Conhecendo mais sobre as femtechs

🔊 Clique e ouça a notícia Igor Torrente (*) Por muito tempo, pesquisas e inovações tecnológicas ignoraram as diferenças de gênero, resultando em soluções que não se ajustavam completamente às

Recheio de infância

🔊 Clique e ouça a notícia por ULISSES VASCONCELLOS (*) Casa da avó. Início dos anos 90. Férias de janeiro. Calorzão. Um tanto de primos crianças e pré-adolescentes cheios de

Um olhar para os desiguais

🔊 Clique e ouça a notícia Luiz Alves Lopes (*) Salvo entendimentos outros próprios dos dias atuais, vivemos em um país civilizado em que vigora o Estado Democrático de Direito

Alegria de viver

🔊 Clique e ouça a notícia por Coronel Celton Godinho (*) Vivemos em um mundo emaranhado de conflitos entre nações, entre indivíduos. Já há algum tempo, venho observando as relações