[the_ad id="288653"]

O CENTENÁRIO DO “DIABO LOIRO”

por Luiz Alves Lopes (*)

De forma prazerosa recebemos de Marcos VALÉRIO Almeida Melo e Silva, comunicado-convite-convocação para evento dos dias 29 e 30 de agosto p. passado, no formato de LIVE, comemorativo ao centenário de nascimento do “diabo loiro” Walter Almeida Melo (o Waltinho) e dos 93 anos de Ana de Almeida e Silva (Anita Melo), seus pais, ambos já falecidos.

Para os menos avisados, a informação e registro de que estamos falando e fazendo referência, em especial, ao maior atleta do futebol valadarense de todos os tempos e que, segundo os da “velhíssima guarda”, teria inspirado um tal de Édson Arantes do Nascimento, filho do senhor Dondinho e dona Celeste, a se meter na arte futebolística. Chico Duro está por aí, perguntem a ele.

Valério, com passagens pelo Colégio Ibituruna, Esporte Clube Democrata e Coopevale Futebol Clube, faz parte de numerosa e tradicional família valadarense, irmão que é do Professor Marcelo Melo, do Robinho, do Valtinho, do Lúcio, do Ronaldo, do Paulo Sérgio, do Luiz Cláudio e de outros tantos, primo ainda do nosso Valdemar “PENA”. E por aí vai…

Nas palavras de Luiz Cláudio, afora a riquíssima dissertação e citações históricas, o registro de que 71 pessoas da família foram listadas e acionadas para o momento em tela, marcado por emoções contagiantes.

Ao mencionar e referir-se ao saudoso Carlos Alberto Abritta Bandeira, nosso colega de turma da FADIVALE de 1975, professor do Ibituruna e colega do Marcelo em curso preparatório para vestibulares, não deu para segurar. Lágrimas brotaram…

Frise-se que LUIZ CLÁUDIO figurou ao lado do doutor Talmir Canuto Costa nos bons tempos do MIT, hoje Univale. Quanto ao Valério, ao lado do MAGELA, fez história na monitoria da escolinha de futebol do Coopevale FC quando de sua criação. Décadas são passadas, porém inapagáveis as realizações.

Doutor Rui Moreira, que já foi “frangão” e zagueiro dos bons da Pantera nos tempos de Zé Leonídio, mano Clóves, Vicente Gomes, Apolinário, Jota “Cavaleiro Negro”, Tuca, Alecyr e tantos outros, foi bem no discurso até escorregar na alusão ao Tricolor das Laranjeiras. Ninguém é perfeito…

Pois é, centenário do nascimento de WALTINHO. Do “diabo loiro”. De quem nos lembramos nos idos de 1969, na condição de supervisor do Esporte Clube Democrata, participando dos “rachões” da equipe de profissionais da Pantera, normalmente realizados aos sábados, antes de iniciar o período de concentração para os jogos oficiais. Tratava a “Maricota” de você. Bons tempos que não voltam mais…

Waltinho foi tão extraordinário na prática do futebol que acabou impingindo ao filho Marcelo, também craque como poucos, alguns constrangimentos. O torcedor exigente, queria do filho do “diabo loiro” as peripécias do pai. Impossível. Daí, de nosso tempo de criança, frequentando o Mamudão, que ainda era Magalhães Pinto, ouvíamos e não entendíamos certo coro da torcida: “Coloca o Marcelo”…”tira o Marcelo”. Quando crescemos, tempos depois, nos inteiramos da história.

Enfim, a narrativa histórica pelos atores escalados foi maravilhosa e emocionante, reforçando colocações que clamam para que nossos estudantes de jornalismo em universidades prioritariamente locais, não descartando algumas externas, em seus trabalhos de conclusão de curso, tragam à baila capítulos interessantes da antiga Figueira.

Certo é que Robinho foi perfeito na narrativa de episódios constantes do livro que conta a história da família. Dissertação ímpar, marcada por fortes emoções.

De tantas coisas boas que foram ditas e dadas a conhecer, sem dúvida alguma a mais marcante foi a constatação do valor de uma família. Waltinho e Anita, com simplicidade, dificuldades, sabedoria e, certamente, com as bênçãos do Criador do Universo, foram e continuam sendo exemplos a serem seguidos. Coisas difíceis nos dias atuais. Afinal, como é mesmo aquela música religiosa? “…quase ninguém tem tempo…”.

O trabalho produzido e apresentado, riquíssimo em seu conteúdo, sintetiza fragmento da melhor qualidade da história esportiva e cultural de nossa cidade. Material que deve ser buscado por nossa Secretaria Municipal de Cultura, Esportes e Lazer, a ser mostrado para nossos jovens e adolescentes.

Quanto ao nosso querido Esporte Cube Democrata, bom seria se a história de seu maior ídolo figurasse em seus anais. Afinal, Walter de Almeida Melo, o pai do craque Marcelo, o tio do Pena e irmão, também, de Dilermando Rodrigues de Melo – o DILO pai, em todos os sentidos da vida, foi e continua sendo exemplo a ser seguido.

Para encerrar: “Põe o Marcelo…tira o Marcelo”. Coloca na segunda edição do livro Robinho.

N.B.- bom ver a participação do Ciro e Barretinho no evento. Lembranças e saudades do Colégio Ibituruna e das coisas boas e não boas (impublicáveis) das aulas de educação física.

(*) Ex-atleta

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

[the_ad_placement id="home-abaixo-da-linha-2"]

LEIA TAMBÉM

Igreja viva

🔊 Clique e ouça a notícia Caros irmãos e irmãs, desejo que a ternura de Deus venha de encontro às suas fragilidades e os apascente de muito amor, saúde e

Se o esporte é vida e educação…

🔊 Clique e ouça a notícia Luiz Alves Lopes (*) Doutos, cultos e muitos que se dizem entendidos das coisas mundanas, enchem e estufam o peito para dizer que “o