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No fio da navalha

(*) Luiz Alves Lopes

Estádio Mané Garrincha, na capital brasileira, seria Manoel Francisco dos Santos, que brilhou na Suécia, em 1958, e nasceu em Pau Grande, no Rio de Janeiro? Ah! Ele mesmo? Pois bem, então o que teria acontecido no último sábado de janeiro, que já se foi, na praça esportiva aprazada?

Sociedade Esportiva PALMEIRAS de São Paulo e Clube de Regatas do FLAMENGO do Rio de Janeiro se enfrentaram em jogo único e decisivo valendo o título da Super Copa dos Campeões do Brasil – eis que o primeiro foi o vencedor do último campeonato brasileiro e o segundo, vencedor da última disputa da Copa do Brasil.

Normalmente, jogos decisivos são de uma chatice sem tamanho, com os contendores se respeitando, nervos à flor da pele, cada qual estudando minuciosamente o seu oponente, pouco agredindo ou buscando com objetividade a meta adversária.

Espetáculo gigantesco

Não foi o que ocorreu. Palmeiras e Flamengo, recheados de craques de primeira grandeza, ambos dirigidos tecnicamente por ‘portugas’, proporcionaram aos torcedores presentes ao estádio um espetáculo gigantesco, de primeiro mundo, de altíssimo nível técnico e que raras vezes ocorrem em nosso país. Dois vencedores, embora o gosto amargo da derrota imposta aos cariocas. Poderia ter sido o inverso.

E não é que dona CBF e os clubes em comento fizeram, momentos antes do início da partida, justa e oportuna homenagem ao REI DO FUTEBOL de todos os tempos, com a inserção destacada do nome PELÉ nas camisolas dos dois clubes, afora o presidente da entidade e DUAS FILHAS do Rei entrando no campo portando réplicas dos títulos mundiais de 1958, 1962 e 1970. Lindo! Emocionante!

Mas para jogo grande é preciso de grande árbitro. Foi escalado e atuou Wílton Pereira Sampaio, o que tem de melhor na atualidade da arbitragem brasileira. Esteve ele na Copa do Mundo do Catar, representando nossa arbitragem.

Copa do Mundo

Na Copa do Mundo, o árbitro brasileiro, também com auxiliares da terra de Cabral, dirigiu nada menos do que três partidas, saindo-se muito bem, valorizando-se internacionalmente, o que é bom para o nosso futebol e para nossa arbitragem.

Arbitragem ou ser árbitro de futebol no Brasil é coisa complicada. Os dirigentes, aliás, são da pior qualidade. Difícil encontrar algum ou alguém que se salva. Os futebolistas não ficam para trás. De índole maléfica, de má formação, valendo-se sempre da Lei de Gerson, com o intuito de levar vantagem em tudo – raríssimas e honrosas exceções -, o atleta de futebol profissional no Brasil alinha-se ao que mais deplorável temos por aqui.

Provocar torcida adversária de forma acintosa, como fez o atacante flamenguista Gabriel, afora o péssimo hábito de ‘tirar’ a camisola e exibi-la de forma provocativa, demonstra a qualidade negativa de nossos futebolistas. Ele não é o único, diga-se de passagem. É apenas mais um.

Contudo em jogo elétrico, de alto nível, questionamentos restaram ao final da partida. Nada de anormal. Pelo contrário. No entanto sem maiores comentários da mídia, os palmeirenses reclamam da não marcação de falta a seu favor no lance que originou o pênalti convertido em gol pelos flamenguistas.

Enquanto os flamenguistas, com relativo apoio midiático, juram de pés juntos que teria havido irregularidade por ocasião do quarto e decisivo gol palmeirense, argumentando que seu goleiro teria sido importunado por um adversário quando do arremate fatal.

Regra 18

A distância, diante da telinha, sem o calor da disputa e com neutralidade absoluta, cabível o registro de que sua excelência, o árbitro da partida, com toda sua experiência e conhecimento profissional, fez uso da regra 18 em momento delicado da partida.

Houve um ‘entrevero’ entre o goleiro palmeirense Weverton e o irrequieto Gabriel em situação claríssima de punição com exibição do cartão amarelo. Ocorre que GABRIEL já havia recebido cartão amarelo por ocasião de seu gol inicial. O que fez o árbitro? Vista grossa com advertência verbal… e “segue o jogo”.  A regra é clara, mas o FLAMENGO é muito grande…

No domingo, pelo paulistão, SÃO PAULO x CORINTHIANS também fizeram bom jogo, bem movimentado e, no qual, também, os atletas infernizaram a vida do árbitro Raphael Craus, outro do quadro de árbitros da FIFA. E nos diversos estaduais em andamento,, aliás, a tônica é a mesma. Quando haverá um basta?

Certo é que a arbitragem em nosso país vive na berlinda, mais precisamente no fio da navalha. E clama por uma atuação dura, robusta mesma de nossos dirigentes, colocando freio nas reações e comportamentos de nossos dirigentes e futebolistas. Com limites, deixem que os torcedores extravasem seus sentimentos. Apenas eles…

 (*) Ex-atleta

N.B.-1 – Dando uma volta pela Ilha dos Araújos (de carro, vi Bolivar…). Visualizamos espaço outrora ocupado pela Associação Atlética Aparecida. Numa viagem ao passado, lembramo-nos do craque Vionaldo, hoje na terra do Tio Sam. Praticava um futebol elegante, de alto nível, a exemplo de Luiz Augusto (Rio Doce e Democrata) e Carlos Antônio (Independente e Democrata). Hoje nos contentamos com os ‘brucutus’.

N.B.2 – Nesta semana que se finda, perdemos Moisés de Paulo Ribeiro – o MAIZENA, boleiro da velha guarda, muito querido e que deixa saudades e recordações por demais positivas. Descanse em paz, companheiro!

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