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Homenagens, velórios e sepultamentos

Luiz Alves Lopes (*)

Os avanços do mundo dos humanos trouxeram verdadeira revolução no tocante a determinados valores, em especial quando o assunto diz respeito às relações humanas.

Foi-se o tempo “dos antigamentes”, em que os vizinhos se cumprimentavam e se solidarizavam, especialmente em situações adversas. O porteiro do prédio ou do condomínio dava e recebia um bom dia e uma boa tarde. E se sabia o nome do morador do apartamento vizinho, no mesmo andar.

Coisas de pessoas velhas e ultrapassadas. Hoje o tempo vale ouro. É preciso estar “ligado”. A máquina resolve tudo. Será? A vida continua sendo um “sopro” e tem um dono que dela não abre mão. Não faz negócios… DEUS.

Quantos jamais esquecem o longo período de convivência com amigos nas tradicionais “pensões familiares”, cujos proprietários eram e foram verdadeiros pais? Ou mesmo em determinadas repúblicas de estudantes? E aquele pequeno grupo que chegava a determinado educandário, ali “fazendo” o primário, o ginásio, o científico e tomando rumo na vida, dá para deletar? Costumava dar até casamento… Será que nada ficou incrustado? Claro que sim. Não é a toa que comumente determinados grupos se reúnem, comemorando festivamente 10, 20, 30 , 40 etc. anos de formatura em encontros bem planejados. Haja emoção! Para a “boleirada” e para os mais próximos, não tendo a pretensão de “chegar” aos que militam e pertencem aos andares superiores, de forma simples e rasteira, fazemos alguns registros.

O primeiro diz respeito às homenagens (justas ou não, não interessa aqui) que comumente ocorrem na urbe, em especial em nossa Câmara de Vereadores. Se o PODER LEGISLATIVO entendeu como meritória determinada homenagem, deve ela ser motivo de orgulho pelo homenageado, por seus amigos, familiares e tantos outros. Afora alguns “senões” e situações inaceitáveis, o que mais assusta e entristece é ver o “plenário” praticamente vazio. Normalmente se esconde na máxima da pregação religiosa do que “quase ninguém tem tempo…”. Levar o abraço a um amigo, a um companheiro, a um vizinho, a um colega de trabalho e de convivência (passada ou presente) faz bem e valoriza o ato e a homenagem. Em nosso mundo, “o mundo do esporte”, assusta e entristece constatar tanta frieza, ausência e indiferença, talvez porque em tais momentos não haja cerveja e nem churrasco…

Passemos ao segundo registro, alusivo a velórios e sepultamentos. É, minha gente, boleiros e outros mais do mundo esportivo são mortais e também são chamados pelo Criador! Ah! De vez em quando alguém nos “cutuca” e demonstra surpresa ao tomar conhecimento de que “um” dos nossos foi chamado. Ao que respondemos: Colega, pare, pense e constate nossas idades. Regra geral, está chegando a hora. Ainda que não queiramos, essa é a real constatação. Tá certo, Bolívar? Tens passado pelo menos na porta de uma IGREJA? Leve seu grupo do Mercado, ok?

Gente, existem pessoas apegadas e outras desapegadas. Ainda que de lados opostos, entre a “boleirada” e os demais do mundo dos esportes, depois de tantos anos se digladiando, alguma coisa deve ter ficado como lembrança e recordação. A história esportiva de Governador Valadares registra “famosos” e “não famosos”. Não importa. Estiveram presentes. Cada um escreveu sua página, não importando se colorida com cores berrantes ou simplesmente em preto e branco. Levar o último abraço, dizer o seu ADEUS, abraçar familiares, enfim, marcar presença em momentos tão difíceis, deve fazer parte de nossa conduta, de nosso respeito e de nossa razão de ser GENTE.

No meio esportivo local têm acontecido muitas perdas. Muitas partidas em direção ao descanso eterno. Nos velórios e sepultamentos, uma constatação triste: presença diminuta dos integrantes do mundo esportivo, em especial do mundo da bola.

O Projeto Pingo D’Água, em implantação, tem como objetivo realizar e promover “pequenas ações voluntárias” voltadas para os necessitados. Nos momentos de dor e dificuldades, pretende estar presente. Oxalá haja compreensão e adesão à proposta. Ninguém faz nada sozinho.

(*) Ex-atleta

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal

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