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Esqueceram de mim (edição 2023)

FOTO: Freepik

Vamos combinar o “amigo oculto”? Ah é, não podemos nos esquecer de correr ao supermercado pra assegurar a carne do churrasco, cerveja, vinho, suco e refrigerante.

Também precisamos ver quem serão os escolhidos deste ano pra serem presenteados, afinal, nem sempre damos conta de presentear a todos que desejamos, não é mesmo?

Dos preparativos, a árvore já está linda, com muitas bolas coloridas, estrelas e luzes. Até a fachada da casa já recebeu iluminação. O Natal este ano está fantástico. A cidade está linda. Não faltou absolutamente nada. Já está tudo pronto para a festa.

Meus caros leitores, esta é a narrativa de preparação para mais um Natal dos dias atuais. Infelizmente, esta é a narrativa de preparação para mais um Natal em muitos lares “cristãos”.

Já não bastasse a distorção do significado da tradicional árvore natalina, onde o que deveria significar um povo unido, exemplificado pelos ramos, formando um só corpo para a chegada Daquele Único Senhor; árvore esta com bolas coloridas e muitas luzes nos sugerindo dar brilho e alegria à vida do outro…

Pois é, a árvore também foi adulterada. Nela e dela tem-se esperado puro e simplesmente o depósito de presentes. E o comércio se alegra… Jesus? Não tem sido nem mesmo um detalhe.

E o presépio??? Está caindo em desuso?

Na verdade, estamos sendo agredidos em nossa espiritualidade e permitindo que o novo oculte o nosso entendimento das escrituras e tradições. Se nos espelhássemos na vida e exemplo dos santos e santas, com certeza, voltaríamos o olhar para Deus e repensaríamos nosso modo de viver e sentir a presença real de Cristo em nós.

Vários santos dão contribuição para este reto ensinamento do que significa realmente o Natal.

São Nicolau, por exemplo:

Este santo foi um bispo na Turquia e é tido como quem deu origem à figura do Papai Noel, mas de uma forma muito mais simbólica e altruísta. Por esse motivo, a festa de São Nicolau é celebrada no dia 6 de dezembro, mas muitas pessoas só se lembram dele no dia 25.

O santo bispo foi muito caridoso, mas, principalmente, com as crianças carentes. Ajudava pessoas que passavam por dificuldades financeiras, e tem até uma história curiosa de sua vida: ele colocava um saco com moedas nas chaminés das casas. Rezemos a São Nicolau para aumentar a nossa caridade com aqueles que mais precisam.

Pois foi na simplicidade, na pobreza e no abrigo de um estábulo, que o Rei dos reis veio ao mundo. E deu todo amor, toda atenção de modo muito especial aos desamparados.

Então nada contra as festividades glamourosas e alegres, mas este modo não deve nos induzir à cegueira espiritual e nos esquecer de que a festa deve ter como centro, Jesus. Manso, humilde e pobre. Porém, misericordioso, compassivo e amável.

Mas sempre há tempo de aprender a acolher Jesus.

“Ele veio em carne mortal para que, ao se apresentar assim diante daqueles que eram carnais, na aparição de sua humanidade se reconhecesse a sua bondade. Porque, quando se põe de manifesto a humanidade de Deus, já não pode manter oculta sua bondade. De que maneira poderia manifestar melhor a sua bondade do que assumindo a minha carne?”

Com este pensamento de São Bernardo de Claraval, encerro este artigo, desejando a plenitude do amor de Deus para sua família. Neste Natal, no ano que se aproxima e para todo o sempre.

Obrigado pelo carinho costumeiro. Que Deus te abençoe.

Feliz Natal!


(*) tiaoevilasio1@gmail.com

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