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Como identificar um imbecil

por Ricardo Dias Muniz *

Pensamento é algo raro. Apesar do que parece, muitos acham que pensam quando estão apenas relembrando e admirando as próprias atitudes. Pensar é dialogar consigo de forma absolutamente honesta, é como um diálogo com duas ou mais versões de si, um exaustivo exercício de negociação entre essas versões.

Sabendo que as pessoas medíocres estão mais preocupadas em manter o seu status social que agir de forma inteligente no mundo, fica fácil identificar as atitudes em um diálogo daqueles que, pouco ou nada, têm a contribuir com o crescimento intelectual de outra pessoa, os imbecis. Veja alguns passos para os identificar.

Passo 01: Identifique a pobreza de ideias

A pessoa “emburrecida” pela preguiça mental não tem ideias próprias, ela precisa basear suas palavras em palavras de ordem, tipo bordões ou chavões, como os exemplos: “a sociedade é injusta”, “a ciência diz isso”, “negacionista”, “fake news”, “atos antidemocráticos”. O significado desses chavões pouco importa. Na prática, são gatilhos ideológicos de militantes, apenas símbolos para identificar alguém de uma tribo. Pessoas com mente pobre, na verdade, querem agradar a plateia, a sua tribo, sem se arriscar, sem divergir; acham-se o suprassumo da inteligência ao fazer isso. Mesmo que com uma análise de 10 segundos, perceberiam as contradições explícitas na frase que pronunciam.

Complicado? Então o exemplo deixará mais claro. Ao dizer que um protesto popular é um “ato antidemocrático”, o desprovido de inteligência deixa de pensar que manifestar (pacificamente) é propriamente um ato desejável, recomendado na democracia, independentemente da questão. Como pode um protesto ser antidemocrático? Veja… Se em um ato desses um partido comunista queira pregar a DITADURA do proletariado, pregaria então o fim da democracia. Agora… Vá dizer que é possível uma ditadura conviver com uma democracia? Não, né! Ou um, ou outro; ambos é impossível. Sendo assim, é possível afirmar que os protestinhos dos comunistazinhos são ilegítimos, apenas por pregarem o fim da democracia? Claro que não! Deixe os tadinhos protestarem em paz.

Então, primeiro passo para identificar um cérebro zumbi é verificar se ele pensa por si ou usa pensamentos prontos para agradar sua tribo.

Passo 02: Identifique quem não tem autoridade nem por sua própria vida

Viver é enfrentar situações de riscos controlados. Sem ter capacidade de analisar, experimentar e criticar a realidade de forma verdadeira. O jeito para o zumbi intelectual ganhar um pouquinho de segurança é ele se apoiar em uma autoridade, que já entrega a medida de segurança prontinha. Mesmo que isso custe caro, ou pior, até que custe a liberdade dele.

Quando, por exemplo, uma pessoa não tem maturidade para compreender que deve gastar apenas o que ganha de renda, esta irá ter constantes problemas financeiros. Então, tadinha, quer que o Estado a socorra nessas crises. É incapaz de ver que o estado irá cobrar dela muito mais pela falta de responsabilidade. Ainda, irá obrigar a guardar dinheiro, como ocorre com FGTS, INSS e seguros obrigatórios. O estado se agiganta, não oferece proteção, a corrupção consome o dinheiro que o bobão deu, o imbecil ainda defende isso… Pra ele, é melhor uma segurança psicológica (falsa) que assumir as próprias responsabilidades. Para ser responsável é necessário ser duro contra os impulsos; o imbecil, pelo contrário, é escravo das próprias emoções.

Passo 03: Identifique quem age e escolhe tudo de forma coletiva

As causas defendidas pelos “homus imbecilis” são sempre… sempre mesmo… abstratas, pseudomoralistas, que nunca poderiam ter um fim objetivo, como: o aquecimento global, a igualdade sexual, a fome no mundo. Uma pessoa com dois neurônios sabe perfeitamente que a luta de um indivíduo contra essas causas é impossível, não que elas não importem, só devem ser tratadas de forma mais profunda. Imbecil não entende profundidade, ele acha que impedir carros a combustão irá esfriar o sol. Lutará para que sejam aprovadas leis antipetróleo – os fabricantes de carros a bateria agradecem. Por sinal, um carro a bateria costuma gastar mais energia que carro a combustão ao longo da sua vida útil*.

Entende? Elegem uma moral falsa abstrata e começam a lutar por uma causa inútil, por ser impossível de ser vencida daquele jeito. Falam da fome do mundo, mas não são capazes de ver a fome no próprio bairro. Como as dificuldades da Casa dos Velhinhos, ou como a dificuldade de alimentação de primos nas próprias famílias. É fácil lutar por algo nobre coletivo e esquecer completamente seu próprio quarto. Para um político ruim, essa é a sociedade perfeita, podem inventar soluções mirabolantes para crescer o estado e cobrar a conta dos imbecis.

Problemas coletivos são solucionados em pequenas ações individuais, cada um fazendo sua parte, não criando um superpoderoso que irá fingir fazer o que todos deveriam ter feito.

Existem ainda várias formas de identificar um imbecil, mas o texto ficaria enorme. Então, se esse assunto lhe interessa, vá à página do Diário do Rio Doce no Facebook, curta e comente, se quiser a continuação.


* Consultor empresarial, engenheiro de produção, ativista político, colunista de opinião, estuda filosofia e direito.
Contato: munizricardodias@gmail.com
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