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Autoestima

por Heldo Armond (*)

            “Todo sofrimento é uma construção humana”, diz Adalberto Barreto, médico psiquiatra e criador da Terapia Comunitária, que ainda complementa: “De fato, compreender que cada um de nós detém a chave do sucesso ou do fracasso, é um importante passo para nos livrarmos de um sentimento de impotência diante de acontecimentos que produzem sofrimento”.

            Esse sentimento de impotência vem do fato de não compreendermos o que está acontecendo, e por isso passamos a ter medo de tudo e de todos. Nos isolamos e ficamos bloqueados porque não dispomos de elementos que nos permitem pensar, refletir –  única maneira de encontrar uma saída para esse estado de espírito.

            A autoestima é a força que nos possibilita superar esses momentos, aparentemente sem solução. É a chave da nossa felicidade ou infelicidade, é o que encoraja ou desencoraja nossos pensamentos e sentimentos.

            A autoestima nos conduz à felicidade quando acreditamos em nós mesmos e na nossa capacidade de superação, quando nos posicionamos com confiança, com segurança e persistência na busca do sucesso, através de cada um dos nossos atos. É certo que nessa caminhada podem ocorrer quedas, em razão de nossas próprias falhas, porém tomando as medidas necessárias, retomamos o controle da situação. 

            Quando não acreditamos em nosso potencial, tudo se torna ameaçador. O sentimento presente é que só atraímos energia negativa, e nessa situação, a atitude que se tem é de fugir aos novos desafios.

            Um outro aspecto importante, quando se fala de autoestima, é que ela passa pela rede relacional familiar e contextual, ou seja, a consciência que o sujeito tem de si nasce de uma relação de comunicação com o outro. É dessa relação que surgem dois questionamentos fundamentais: Quem sou eu?  Do que sou capaz? Partindo desse pressuposto, podemos deduzir que:

  • Se sou confirmado, me sinto amado, seguro, tenho boa autoestima, estou de bem com a vida, posso assumir compromissos, me engajar com a realidade;
  • Se sou rejeitado ou renegado, exposto ao ridículo, à humilhação, tenho baixa autoestima, sinto-me infeliz, com dificuldade de me aceitar, me amar. Coloco-me muito mais na defensiva, evitando uma possível dor, ao invés de vivenciar os momentos presentes, sentindo os prazeres que ele proporciona. Não percebo engajamento, comprometimento com o meu desabrochar na vida. Tenho vergonha da minha história de pobreza, de rejeição, abandono e exclusão. Sinto-me desmotivado.

Ante o exposto, dedique alguns minutos para você se conhecer melhor. Faça o seguinte exercício, respondendo silenciosamente às perguntas a seguir (dê um intervalo de 1 minuto de uma pergunta para outra, para você ir refletindo – se fechar os olhos a cada pergunta, terá melhor aproveitamento):

  • Quem é você? . . . Quem é você? . . . Quem é você? . . .
  • Qual é a sua dor, a sua dificuldade, o seu sofrimento? . . .
  • O que você tem feito da sua dor, das suas dificuldades, do seu sofrimento? Só sofrido, ou crescido? . . .
  • O que você tem feito por você e para você? . . .
  • Você é o que você quer ou é aquilo que os outros querem que você seja? . . .
  • Saiba que você não está só. Você tem pessoas amigas com quem pode contar na sua caminhada.    

PS: Seguindo as orientações para isolamento temporário em razão do coronavírus, as reuniões do Amor Exigente estão suspensas temporariamente. Retornaremos tão logo se normalize a situação.

(*) Grupo de  Apoio Amor Exigente
Coordenação local: Berta Teixeira Rodrigues
Coordenação Regional: Washington J. Ferreira/Penha
Reuniões às terças-feiras, das 19h30 às 21h30, no Colégio Franciscano Imaculada Conceição

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem, necessariamente, a opinião do jornal.

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