[the_ad id="288653"]

A urna eletrônica de Pandora

por Ricardo Dias Muniz (*)

Pandora, a mulher perfeita para ludibriar, fruto da criação dos deuses da astúcia, beleza, amor e malícia. Foi feita sob encomenda de Zeus. Epimeteu se apaixonou de cara, e se casou com ela. O plano de Zeus deu certo; foi iludido o coitado. Como presente do seu casamento, ela ganhou a famosa caixa. Prometeu, cunhado dela, sabendo das intenções vingativas de Zeus, recomendou-a nunca abrir a caixa. Porém, a curiosidade de Pandora foi maior, ela abriu a caixa. Como consequência, todos os males se espalharam pela terra.

A urna eletrônica brasileira funciona assim: um computador roda um software que exibe na tela algumas instruções para o usuário; depois que o usuário digita o número, o computador exibe na tela a foto do escolhido. Por fim, o computador grava em um arquivo uma lista, assim: eleitor 01 vota candidato “A”, eleitor 02 vota candidato “B”. Em síntese, é isso. Esse é o básico da caixa de Pandora eleitoral brasileira.

Como a urna não é conectada à internet, seria muito difícil uma pessoa a fraudar em cada seção eleitoral. Porém, não existe, nenhuma… Veja bem! Nenhuma garantia que o software [programa de computador] que faz a tela exibir a foto do candidato “A”, na hora de registrar no arquivo que será contado, registra fraudulentamente o candidato “B”. Principalmente se for uma programação discreta, programada para desaparecer um minuto antes do fim da eleição. Ampliar a confiabilidade do sistema é fundamental para garantir a estabilidade da democracia brasileira.

Como Prometeu usou de todos os argumentos para convencer Pandora a não abrir a caixa misteriosa, ao contrário, os Zeuses da República Brasileira querem de toda forma manter a caixa fechada, lacrada, sem auditoria. Eles devem ter medo da maldade que uma eleição livre e justa fará aos corruptos, enganadores, mentirosos e falsos que estão destruindo o futuro dessa nação.

Como uma urna eleitoral justa poderia causar terror em pessoas também justas? Não faz sentido nenhum. Faz sentido pra você?


Consultor empresarial, engenheiro de produção, ativista político, colunista de opinião, estuda filosofia e direito.
Contato: munizricardodias@gmail.com.
Redes sociais: https://linklist.bio/ric

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

[the_ad_placement id="home-abaixo-da-linha-2"]

LEIA TAMBÉM

Conhecendo mais sobre as femtechs

🔊 Clique e ouça a notícia Igor Torrente (*) Por muito tempo, pesquisas e inovações tecnológicas ignoraram as diferenças de gênero, resultando em soluções que não se ajustavam completamente às

Recheio de infância

🔊 Clique e ouça a notícia por ULISSES VASCONCELLOS (*) Casa da avó. Início dos anos 90. Férias de janeiro. Calorzão. Um tanto de primos crianças e pré-adolescentes cheios de

Um olhar para os desiguais

🔊 Clique e ouça a notícia Luiz Alves Lopes (*) Salvo entendimentos outros próprios dos dias atuais, vivemos em um país civilizado em que vigora o Estado Democrático de Direito

Alegria de viver

🔊 Clique e ouça a notícia por Coronel Celton Godinho (*) Vivemos em um mundo emaranhado de conflitos entre nações, entre indivíduos. Já há algum tempo, venho observando as relações