Para os amantes do futebol, início de ano é cercado de expectativas pela realização dos tradicionais campeonatos estaduais, quase sempre oportunidade única para as equipes do interior mostrarem suas forças, seus sonhos e objetivos. Nem sempre o conseguem.
Diminuídos drasticamente, tornando-se verdadeiros torneios relâmpagos, os estaduais impõem a seus disputantes riscos que não são poucos, ocasionando na maioria das vezes verdadeiras loucuras financeiras com consequências imprevisíveis, normalmente indesejáveis. Se depender dos mandantes maiorais, acabam com os estaduais do futebol em nosso país.
Paixão nacional, o futebol ainda é no interior dos estados – Minas não é diferente, atrativo para o torcedor sonhador, apaixonado pelo seu clube ou de sua cidade, reservar uma “merreca” de seu salário, nem que seja para o espaço destinado aos “geraldinos”, comparecendo aos jogos para torcer, incentivar, esbravejar, elogiar a mãe do juiz e a do técnico de sua equipe, sobrando ainda ‘algum’ para a diretoria. Eis a máxima do futebol brasileiro.
A bola começa a rolar nas Minas Gerais. Em Governador Valadares – leste do estado, o Democrata PANTERA inicia sua trajetória em mais um estadual de futebol, sonhando alto e com objetivos muito maiores do que a simples manutenção na divisão de elite do futebol mineiro.
Tocar futebol profissional no interior (de todo o país) é verdadeira loucura. Coisa para poucos, verdadeiros apaixonados e algo mais impublicável…dificuldades quase intransponíveis que exigem paciência, competência e muito trabalho. E às vezes, sorte, também.
O futebol brasileiro está altamente inflacionado, com os clubes praticando verdadeiras loucuras financeiras e que certamente trarão, em futuro que não está longe, consequências danosas. A proporcionalidade também atinge os clubes menores, daí…
A legislação a que os clubes estão sujeitos também é um complicador ou obstáculo a mais que não pode ser ignorado: prazo mínimo de duração de um contrato, direito de imagem, encargos legais, adicionando ainda a tradicional remuneração por desempenho/resultados.
Hospedagem, alimentação e transporte, afora razoável período de preparação para a competição, impactam uma previa elaboração de orçamento que visa buscar, minimamente, o equilíbrio entre receitas e despesas. De tirar o sono de qualquer dirigente sério.
Da boca para fora, fala-se com naturalidade de patrocínios e de outras ajudas, inclusive a do poder público. Filme velho e disco furado. Quem é do ramo sabe, raríssimas exceções, que ao passar o pires, normalmente ele retorna vazio.
Mas a PANTERA é valente e corajosa. Nos últimos anos tem feito verdadeiros milagres, ultrapassando adversidades de todos os tipos. Seus mandatários estão confiantes, acreditando que este ano tudo será diferente. Oxalá que seja. Seu torcedor merece.
Indiferente aos problemas e adversidades, o torcedor raiz está motivado, esperançoso e sonhando com uma boa classificação no Estadual, quem sabe chegar lá na frente como de outras vezes e, se não for pedir muito, repetir 1.991 do saudoso Zé Maria Pena.
Que o Mamudão, estádio central e de fácil acesso, receba lotação máxima nos jogos do Pantera na cidade e que as ‘organizadas’ brilhem como sempre empurrando o representante valadarense para as necessárias e indispensáveis vitórias.
O Esporte Clube Democrata – A PANTERA da rua Osvaldo Cruz, é o legítimo representante da cidade, uma de suas maiores riquezas, fazendo por merecer o apoio e ajuda de quem pode para que se consolide no cenário esportivo de nosso Estado e, que sabe, no de nosso país.
(*) Ex-atleta

N.B. – CARLOS HENRIQUE DE SOUZA – o popular XIXI -estará promovendo no dia 30 de janeiro vigente – data do aniversário da cidade -, no horário de 15;30h, uma interessante partida de futebol reunindo MASTHER DE MINAS GERAIS X MASTHER DO ESPORTE CLUBE DEMOCRATA de 1991. 0 local será o estádio do Coopevale no bairro São Paulo.
No grupo de ex-atletas de Minas, presenças confirmadas de SÉRGIO ARAÚJO (Galo), IVANILSON (América) e NONATO(Cruzeiro).
Pelo lado valadarense, Mauro Botelho, Parreira, Walmir e companhia.
0 evento de cunho festivo, também atenderá ao lado social e o acesso dos torcedores ao estádio do Coopevale, nas proximidades do Parque de Exposições, se dará mediante doação de 1 Kg de gêneros alimentícios não perecíveis, fraldas geriátricas ou material de limpeza.
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