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A arte de viver a dois

FOTO: Freepik

Desde o aparecimento do ser humano na Terra, com a criação de dois gêneros, o masculino e o feminino, vem-se perpetuando a sua espécie, séculos após séculos. E não vou mencionar aqui, neste colóquio, nada sobre religião e nem teorias científicas sobre o assunto, mesmo porque não tenho intenção de debater e criar polêmicas.

Viver para mim é uma verdadeira arte, em que não existe um mestre (humano), mas um aprendizado constante e intenso. Você pode aprender música, pintura, escultura, literatura, enfim, muitas artes humanas, pois há professores para tudo, menos para ensinar a viver. E olha que tem gente que parte deste mundo sem ter aprendido nada desta vida!

A gente nasce, aprende a falar e a andar, e depois dentro deste mundo, vai-se aprendendo o restante, se é que há restante! Vamos crescendo, aumentando a “colcha” de relacionamentos, ultrapassando os limites da família de origem, com aprendizados no trabalho, na escola, e com isto aumentando o seu mundo.

Chega a uma parte de nossa caminhada, que queremos “caminhar” com outra pessoa, uma companhia de vida, para seguirmos até que venha o “outro plano”, em atendimento aos planejamentos do nosso criador. Essa “instância” da nossa existência, requer um relacionamento a dois, que seja duradouro, para enfrentar os embates cotidianos, tanto em tempos de tempestades ou calmarias.

E vejam bem a frase: relacionamento a dois duradouro! Esse assunto vem sendo amplamente discutido e debatido há anos em consultórios de profissionais da psicologia. Dois seres que querem viver e caminhar juntos, na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, buscando constantemente harmonia em seus relacionamentos.

Alguns estudiosos se perguntam em suas brilhantes pesquisas, sobre o sempre palpitante tema: como dois seres humanos, com origens em lares diferentes, com costumes também diferentes, vão conseguir estar juntos “vivendo a dois”, de forma duradoura e com harmonia suficiente para aprenderem a viver?

Num primeiro momento, a resposta parece difícil, e é mesmo! Rsrsr. Não há “receita de bolos”, nem manual de instruções! Mas há os ensinamentos que o Mestre Jesus nos deixou há milênios, que se aplicam até hoje, e estão contidos em nossa Bíblia sagrada (claro que para quem é cristão). Ah! E para quem não é cristão?

Na minha pequena existência humana, e como gosto de me relacionar com gente, e sou gente que gosta de gente (apesar das dificuldades), me coloco na posição de dar um direcionamento a quem deseja “viver a dois”. São 4 palavras, pilares que para mim são importantes : AMOR, RESPEITO, CUMPLICIDADE E TOLERÂNCIA.

Vou parar por aqui em nosso breve colóquio, mesmo porque o tema é deveras complexo, e não há “palavras” que possam esgotá-lo, e nem tenho esta pretensão, mas podemos ver a ordem das palavras que estão escritas conforme priorizei mediante a minha percepção. O AMOR (INCLUINDO O AMOR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS), que nunca vai ser perfeito entre dois seres humanos imperfeitos, e o RESPEITO, serão os alicerces que deverão ser os mais fortes, sem prescindir da CUMPLICIDADE para os embates durante a caminhada, e da TOLERÂNCIA, diante de nossas imperfeições.

Em minha humilde visão de mundo, a verdadeira paz, e a perpetuação de nossa espécie, só serão conseguidas através da harmonia nos relacionamentos, principalmente entre duas pessoas que decidem caminhar juntas.

1 Coríntios 13:4-7: “O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.


(*) Advogado militante – Coronel da Reserva da Polícia Militar. Curso de gestão estratégia de segurança pública pela Academia de Polícia Militar e Fundação João Pinheiro

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