Quando ainda não existiam meios de comunicação como o telefone, celular, WhatsApp e outros meios mais modernos, a gente se comunicava através de cartas escritas em sua maioria de “próprio punho”, e no princípio, com penas de pássaros embebidas em tinta, já que não havia sido inventadas as canetas. Aliás, antes das penas, do papel, o ser humano escrevia na pedra, usando ferramentas para esculpir a sua escrita.
Vivi parte de minha vida num mundo onde era comum a comunicação através de cartas seladas e entregues em agências de Correios para, enfim, chegarem a seus destinatários. E olha que os correios funcionavam bem! E pude constatar isso, na época em que, quando ainda muito jovem, saí de minha casa para estudar na capital, e utilizava este meio de comunicação para me comunicar e expressar meus sentimentos junto à minha namorada.
Foi um período em que escrevia e remetia muitas cartas e ficava ansioso para receber outras. O mais interessante é que nunca escrevi uma carta sequer para os meus pais, irmãos ou parentes. Com eles, a gente se comunicava através do telefone mesmo, quando tínhamos condições (era a época dos orelhões da Telemig). Escrevia muitas cartas para a namorada, pois nem sempre podíamos nos encontrar nos fins de semana, pois ela residia em minha cidade natal.
Em 2010, ou 2011, não me recordo com certeza o ano, assisti a um filme chamado Cartas para Deus. Ele conta a estória de um menino de 8 anos, diagnosticado com câncer, e que escreve orações em cartas para seu amigo Deus. Depois encontra um carteiro que o ajuda, e acaba mudando a vida de todos a seu redor. Um filme maravilhoso que nos leva a refletir sobre o sentido da vida e que devemos crer em Deus, ainda que tudo esteja desfavorável.
Na época fiquei pensando muito na linda mensagem que o filme transmite, mostrando os mistérios da fé, e o valor de nossas vidas, e me lembrando da época em que escrevia cartas.
Fico me lembrando daquele filme e pensando que se eu fosse escrever uma carta para Deus, o que escreveria? Tenho tanta coisa para escrever para Deus, que seria necessário muito tempo, muito papel e muitas canetas rsrsrsrs.
Penso que o nosso “Correio” para comunicação com Deus, são as nossas orações. Não precisamos usar cartas escritas, mas apenas usarmos nossa linguagem, nossa voz, mas sem murmurar, reclamar, pois temos de ter fé, e acreditar que existe um Deus que cuida de nós o tempo todo. Ele sabe tudo, bem antes de estarmos no ventre de nossa mãe. Conhece o nosso futuro, mas quer nos ouvir e falar conosco!
Precisamos voltar a ser crianças, que na sua inocência, olham a vida com fé e otimismo de que tudo dará certo!
Como o menino do filme, temos que orar e orar sem cessar! Ele escreveu as suas orações nas cartas, e Deus providenciou a ajuda através de um carteiro, que o ajudou a superar as dificuldades e sensibilizou a todos ao seu redor.
A cada ano que passa me conscientizo mais sobre a necessidade de me comunicar com Deus, e principalmente aprender a ouví-lo.
E VOCÊ ? TEM ORADO A DEUS?
SE VOCÊ FOSSE ESCREVER UMA CARTA PARA DEUS, O QUE ESCREVERIA?
Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.
Filipenses 4:6
E tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão”.
Mateus 21:22
(*) Advogado militante – Coronel da Reserva da Polícia Militar. Curso de gestão estratégia de segurança pública pela Academia de Polícia Militar e Fundação João Pinheiro
As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.
