Dileymárcio de Carvalho (*)
Tente observar como age a pessoa que trabalha com você ou o seu colaborador. Não estou falando do que ele sabe fazer, mas do “jeitão” dele ou dela. Observar uma pessoa por outros ângulos nos faz entender melhor como funciona na prática a sua personalidade. Para a vida profissional é justamente esse jeito que diz sobre quem de fato foi contratado para trabalhar.
Quanto mais informações e profundidade tiver o processo de seleção de pessoas, melhor será conhecida antecipadamente a prática profissional do dia a dia dessa pessoa. E não dá mesmo para separar essas dimensões da vida. Por isso, a Seleção de Pessoas por Perfil Comportamental é o processo mais eficiente como resultado do desenvolvimento do próprio conhecimento que a psicologia tem hoje sobre comportamento humano no trabalho.
Em trinta anos de experiência profissional no jornalismo e na publicidade, sendo vinte deles no ensino superior, atuei praticamente na área de gestão e desenvolvimento de pessoas. E nos últimos dez anos, totalmente dedicados ao estudo da psicologia, vejo hoje de uma forma bem diferente o que é selecionar “gente” para trabalhar.
As informações psicológicas comportamentais são o único caminho que temos hoje para a escolha de perfis comportamentais no trabalho. Já é clássica a frase “contrata-se pelo currículo e demite-se pelo comportamento”. Ela está completamente em desuso e errada. Contratamos primeiro pela tríade: caráter, comportamento e personalidade.
O que tenho falado nos últimos dois meses sobre Seleção é sobre um processo que garante com testes de personalidade, comportamento e projeções de cenários reais, a identificação de comportamentos adequados para uma função e cultura da empresa. Esse conjunto é muito mais que os tradicionais “recrutamento e seleção”. E o que trago como contribuição profissional é levar a quem decide por uma contratação instrumentos comportamentais baseados na psicologia, como recursos estratégicos.
Assim, o lojista que tem que selecionar sozinho um vendedor, médico que tem que selecionar a secretária, mas também o profissional de RH, os colegas psicólogos, a escola, a faculdade, podem usar com referência um método de avaliação de comportamento específico para o trabalho.
O investimento no conhecimento de perfis comportamentais é o caminho para acertar na seleção de pessoas. E como eu falo “habilidades e competentes já são pontos de exclusão do concorrente, antes de ter seu perfil comportamental identificado”.
(*) DILEYMÁRCIO DE CARVALHO- PSICÓLOGO CLÍNICO COMPORTAMENTAL- CRP:04/49821 E-MAIL: contato@dileymarciodecarvalho.com.br
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