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Use a emoção adequada no trabalho: seja eficiente, mas com equilíbrio!

Dileymárcio de Carvalho (*)

Não é só a empresa que busca um profissional mais eficiente. O desempenho e a assertividade no que se faz também são pontos de equilíbrio emocional para o trabalhador. Mas a busca por ser mais eficaz não pode ser sinônimo de mais estresse e pressão emocional.

Todos os dias o profissional percorre muitos caminhos emocionais para executar uma atividade. As opções também são estratégias psíquicas que usamos, muitas vezes inconscientemente, para “acertar” mais no que fazemos. E aí pode estar a dose errada da entrega emocional. A matemática da emoção deve ser muito simples: “o tanto que eu me esforço emocionalmente para executar uma atividade tem o resultado adequado”?

Se a resposta é “não”, então precisamos pensar em estratégias emocionais para deixar nossas atividades práticas mais eficientes. Senão, o resultado é o desgaste emocional imediato, aquela sensação de que “cansei a mente” além do ideal. E até mesmo o desgaste crônico que se prolonga no dia a dia do trabalho. E nesse está a causa de doenças emocionais no trabalho, como a estafa mental e o burnout.

É preciso definir estratégias específicas para o equilíbrio emocional. Uma delas é base e também responde a mais uma pergunta : “o que nessa atividade de fato depende de mim, e é da minha responsabilidade, a ponto de eu dedicar uma entrega emocional de prontidão? ”. A prontidão emocional se transforma em alerta para a nossa estrutura psicológica, dizendo que algo externo está fora do nosso controle. Isso não significa ficar apático ao que está acontecendo, mas, sim, medir o quanto das minhas emoções valem mesmo um determinado desgaste.

Lógico que a cultura psicológica da empresa e da organização pode ser reforçadora dos comportamentos estressores. Mas quando eu tenho um domínio sobre o que é meu ou não num desgaste, posso modular a minha emoção de maneira estratégica.

Dica importante : você se lembra do último desgaste emocional que você teve no trabalho? Agora, pense como o fato se desenrolou ao longo do dia, ou mesmo na sequência de vários acontecimentos. O desgaste emocional no trabalho segue uma jornada padrão e uma sequência. Então, com esse cenário visualizado eu me posiciono emocionalmente. Identifico o quanto mudar a situação esteve sob meu controle e eu não agi. Pense também o que foi especificamente provocado por outra pessoa e você acabou se entregando emocionalmente, além do necessário.

E no dia a dia, com a rotina de uma atividade e uma tarefa, o “olhar emocional” também ajuda a identificar como eu posso fazer diferente, aprender uma nova forma de executar uma atividade, pedir ajuda ou recursos técnicos para ser sim mais eficaz. Aqui também, o peso emocional de como defino a execução do que eu faço também determina o equilíbrio emocional. E para não errar,  prefiro chamar  estrategicamente de “modulação emocional”.


Dileymárcio de Carvalho- Psicólogo Clínico Comportamental – CRP:04/49821
Email contato@dileymarciodecarvalho.com.br

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

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