Quiabo tem novo aumento de preço e pode ficar ainda mais caro nos próximos dias

Com queda das temperaturas, produto deve chegar a custar R$ 20 o quilo para consumidor final

O friozinho está aí e, a cada dia que passa, os mineiros desejam enriquecer o cardápio com pratos quentinhos e cheios de sabor. Por isso, nesta época do ano, legumes como o quiabo entram em cena. Portanto na manhã desta sexta-feira (27) comerciantes estiveram na Central de Abastecimento (Ceasa), em Valadares, em busca do queridinho dos consumidores nos dias frios.

Mas o que preocupou os vendedores foi o preço. Afinal com o quiabo custando bem mais caro, os comerciantes tendem a ficar um pouco desanimados a comprar. Entretanto não deixam faltar o produto nos estabelecimentos por causa da grande procura dos consumidores. A vendedora Jurema Alves Camilo, por exemplo, vendeu todas as bandejinhas hoje. “A bandejinha é R$ 6. A caixa é R$ 100, R$ 130, R$ 150. Sai bem. Mas está tendo pouco agora, né. Por causa da friagem“, conta a vendedora, que também assume ser degustadora de um bom frango caipira com quiabo.

Todas as bandejinhas de Jurema Alves Camilo foram vendidas. | FOTO: DRD/ TV Leste

Produto mais caro

De acordo com o Presidente da Ceasa-GV, Jírios Abboudd, hoje, o comprador leva uma caixa com 16 quilos de quiabo por R$ 180,00. Ou seja, cada quilo sai em torno de R$ 11 ao comerciante. Já para o consumidor final, o preço chega a custar de R$ 15 a R$ 18 o quilo. E pelo visto, a vendedora Jurema Alves não está errada em sua consideração.

Ainda segundo Jírios Abboud, este aumento expressivo do valor acontece por conta da redução natural na produção do quiabo, em razão do clima. O presidente da Ceasa explica que nos períodos de baixa temperatura,as plantas tendem a “reter” em vez de “soltar” o legume. Desse modo, a colheita acaba sendo menor do que o necessário para suprir as necessidades do mercado.

“O preço do produto muda muito com a influência da temperatura. A planta não solta o produto. Além da planta não soltar o produto, o consumo aumenta. Porque num friozinho deste, quem é que não quer comer um quiabinho, um jiló, vagem, fazer um cozidinho, né, como falam os mineiros”, comenta Jírios Abboud.

VÍDEO: DRD/ TV Leste

Já nos restaurantes…

Enquanto sacolões e supermercados driblam o investimento aumentando o preço do quiabo ao revender, os restaurantes já não fazem o mesmo com o preço das refeições. Os proprietários acreditam que aumentar o valor do PF (prato feito) é arriscar perder o cliente para outro estabelecimento. Dessa forma, a maioria segue mantendo o franguinho com quiabo no cardápio, sem fazer com que o consumidor sinta no bolso. Aliás a dona de um restaurante do Mercado Municipal conta que pagou, hoje (27), R$ 80 por esta bacia de quiabo:

Quantia de quiabo utilizada para produção no restaurante custou R$ 80. | FOTO: DRD/ TV Leste

Este também é o caso do proprietário de um outro restaurante, também localizado no Mercado Municipal. Segundo Arnaldo de Almeida Silva, é impossível retirar o item do cardápio mesmo diante do alto preço. Então para amenizar os gastos, ele explica que apenas reduziu o volume da compra. Porém o PF, com ou sem franguinho com quiabo, segue custando apenas R$ 12.

VÍDEO: DRD/ TV Leste

Sendo assim, o presidente da Ceasa-GV conclui que o preço do quiabo só irá baixar quando as temperaturas da região voltarem a subir. Além disso, se a produção não aumentar nos próximos dias, a tendência é que a caixa de 16 kg suba para R$ 200, chegando a custar até R$ 20 o quilo para o consumidor final.

Foto destaque:

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