Dileymárcio de Carvalho (*)
Pelo menos quatro padrões de comportamentos positivos podem ser vistos em profissionais de boa performance de relacionamento e autoconhecimento emocional: Disponibilidade natural, Autoridade no que faz, Adaptabilidade e Aceitação. A boa notícia é que esses comportamentos podem ser aprendidos. Por isso, falo sempre na perspectiva da Psicologia Comportamental: todos os comportamentos podem ser aprendidos.
Então, Disponibilidade Natural é o teste do equilíbrio emocional e até mesmo da humildade, que não está ligado a ser modesto com o que se faz. Num contexto de trabalho, em que eu preciso ter foco no que faço, há ao mesmo tempo outras rotinas ao meu redor que envolvem as pessoas. É justamente aqui, que a Disponibilidade Natural se mostra. Posso estar focado, mas sempre de prontidão e acessível. Um teste simples: dá para contar com aquele colega “competente”, e ele está sempre disposto ao que o outro precisa? Se não, falta a ele moldar essa competência à Disponibilidade Natural.
Autoridade no que faz, é o próprio viés de autoridade profissional. Lógico que em processo de adaptação, ainda que com experiência, um profissional precisa de um tempo. Mas o reconhecimento de sua prática, eficácia e eficiência na execução e nos resultados é outra validação importante. Ao mesmo tempo, a busca por ser Autoridade no que faz é um comportamento profissional de alto nível e envolve uma série de outros comportamentos, como o próprio comportamento de aprender.
A Adaptabilidade é hoje o comportamento emocional mais estratégico para um posicionamento profissional de competência. E destaca na prática emocional a capacidade de mudar sem “dores emocionais”. A resposta é sempre de um enquadramento que destaca a realidade do momento, a necessidade da empresa e a percepção do que já mudou em sua área de atuação. “Dar conta” de ser adaptável é também é uma resposta de autoconhecimento.
A Aceitação é a própria resposta do conjunto de comportamentos que têm profissionais de excelência. Tanto é relacional, ou seja: sou emocionalmente aceito pelas pessoas, como referência de equilíbrio naquilo que faço nas dosagens de sentimentos e emoções que são percebidas na minha prática. Esse comportamento muitas vezes é chamado de persuasível. Sempre que falarem de um conjunto de comportamentos de um profissional da sua área, você pode ser referência.
Como abri esse texto, todos esses comportamentos podem ser aprendidos e desenvolvidos como habilidades de modulação emocional. Procuramos médicos quando nosso corpo não está legal, procuramos também o psicólogo quando algo afeta o nosso “emocional”. E também precisamos de mentoria psicológica para desenvolver esses conjuntos de comportamentos profissionais.
Dileymárcio de Carvalho – Psicólogo Clínico Comportamental- CRP:04:49821
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