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O futebol, o torcedor e a SAF

O todo-poderoso Barcelona vem, nos últimos anos, buscando se reorganizar como grande potência futebolística do universo, corrigindo erros e aventuras do passado. Falamos do BARÇA, minha gente. No deslumbramento, se excedeu e se complicou. A conta chegou…

Na brutal transformação do futebol em todo o mundo, os ingleses na atualidade vivenciam trajetórias de um grande número de clubes milionários, fruto de todo tipo de investimento, não menos verdade que estão constatando a desconfiguração de todos eles, perdendo o elã dos antigamente quando se falava do esporte das multidões.

A China deu uma freada, não sabendo se de forma calculada ou a constatação de que teria havido exagero em sua empreitada que mexeu com clubes e craques de todos os cantos do planeta. Mas ainda é uma tentação.

Na atualidade, o mundo árabe e seus arredores estão se constituindo no novo eldorado do futebol mundial, verdadeiro rolo compressor no arrebatamento de atletas e treinadores, o que vem provocando inquietação geral, aqui e lá fora. Desequilíbrio total.

O Brasil é um país continental. O futebol é ou foi uma paixão nacional. Fizemos história recheada de conquistas, de quedas, de versatilidade e muita improvisação dentro e fora das quatro linhas. O que é impensável nos dias atuais. Tudo mudou, Bolivar…

Houve um tempo, que não foi curto, que quando se falava em futebol brasileiro vinha à tona o futebol carioca com todo seu charme, sua ginga e sua malandragem. Nós, os interioranos, primeiro aprendemos  torcer para um clube carioca, depois, para um clube de nosso estado e, às vezes, para um clube de nossa cidade.

Além da quantidade de clubes, temos disputas nacionais em 4 séries, afora a quantidade razoável de outras competições, sem falar nos tradicionalíssimos campeonatos estaduais em séries diversificadas. Acabar com os estaduais, nem pensar. Fazem parte de nossa cultura futebolística.

Em que pese sua profissionalização, nosso futebol sempre foi gerido, dirigido e praticado de forma amadora sentimental e apaixonada. Organização e planejamento, nem pensar. Nossos dirigentes são passionais, alguns de índole reprovável e em percentual altíssimo de gente despreparada, ultrapassada e submissa.

Nosso torcedor não fica atrás. Faz o possível e impossível em favor do clube do seu coração. Vai às raias da loucura, de desespero, agredindo, ofendendo, ultrapassando limites esperados de um ser humano normal. Fecha os olhos e pratica excessos inaceitáveis, violando normas e conceitos.

Passionais e pressionados, nossos dirigentes praticam loucuras na administração de nossos clubes, ocasionando uma quebradeira geral de parte de alguns dos mais tradicionais. Desnecessário mencionar nomes…

E aí aparece as SAF’s como solução para tudo, verdadeira varinha de condão no entendimento de muitos. Ledo engano. Aqui e lá fora, recuperação ou equilíbrio financeiro à parte, os TUBARÕES que comandam as SAF’s são comerciantes ou investidores. Visam lucro. Ganhar títulos não são prioridades para a tristeza do torcedor “cego” e apaixonado.

Pode ser ou ter sido uma boa ideia, porém, pode e deve sofrer mudanças que proporcionem melhorias para os clubes. Pulverizar e definir os percentuais máximos a cargo dos principais investidores seria uma das iniciativas louváveis para início do debate.

Do jeito que a coisa foi colocada, O TORCEDOR continuará a ser manipulado, usado e sacrificado, sendo certo ainda que o preço dos ingressos contemplará apenas e tão somente as classes mais abastadas financeiramente. E cuidado que em breve não teremos TV ABERTA.


(Ex-atleta).

FOTO: Divulgação

N.B.1 – Os deuses do futebol não querem o Botafogo campeão brasileiro nesta temporada. Ah! Se aqui estivessem Mendes Barros, Valker Batalha Lima, Anísio Costa e Oswaldo Lopes iam consolar Paulo de Tarso, Carlos Thébit, Matemático, Levindo e alguns outros.

N.B.2 – Renato Maurício Prado, destemperado, falou o que não devia e se deu mal. Esqueceu (seu clube de coração) de fazer o dever de casa. Futebol é jogado; lambari é pescado…

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