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O dia 4 de novembro de 2023:  se…

Luiz Alves Lopes (*)

No início de maio de 2022, o técnico de futebol profissional FERNANDO DINIZ iniciava uma nova caminhada profissional a frente do Fluminense Futebol Clube, também conhecido como tricolor das Laranjeiras ou mesmo o “time pó de arroz” e qualificativos outros.

Tratou-se do início de uma segunda passagem do treinador pelo clube, ele que sendo um ex-atleta de futebol profissional com passagem pelo próprio clube, tem uma personalidade forte, convicções robustas, conceitos bem definidos sobre a prática do futebol profissional, uma visão diferenciada do atleta em todos os sentidos e com formação profissional na área da Psicologia.

Na atual conjuntura do futebol brasileiro, pode-se dizer que o FLUMINENSE é um clube mediano, com uma grande tradição no cenário nacional e até então pouco conhecido no cenário mundial. Para variar, tem para administrar uma considerável dívida financeira, o que ocorre com a quase totalidade dos clubes de nosso país.

Com uma boa e comprometida comissão técnica, com um grupo de atletas mesclando novos e velhos – a chamada turma do sub-40 – contando com o respaldo da diretoria do clube, o SONHADOR Fernando Diniz conseguiu vender a “ideia” de que com muito trabalho, com muita dedicação, com sangue, suor e lágrimas, era possível fazer algo diferente, por muitos inimagináveis. Ideia comprada por todos. Comprometimento integral.

Libertadores

Em fins de abril de 2022, o Fluminense caía diante do Olimpia do Paraguai na fase preliminar que objetivava a classificação para a fase de grupos da LIBERTADORES. É voz geral, a partir do “quarentão” Felipe Melo, que a partir dali iniciou-se a conspiração que visava o 4 de novembro de 2023: alcançar a GLÓRIA ETERNA.

Sabidamente, a CONMEBOL LIBERTADORES é a maior disputa das Américas, sonho maior dos grandes clubes dos países disputantes, com a predominância dos clubes argentinos nas conquistas, com os brasileiros Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro, Santos, Corinthians, Atlético, Grêmio, Vasco da Gama, São Paulo e Inter também figurando como grandes vencedores.

Fernando Diniz é um sonhador? É um perfeccionista? É um técnico diferente? Acredita no futebol idealizado, sonhado e praticado pelos clubes dirigidos pelo saudoso Mestre Telê Santana?

Trabalhando – trabalhando exaustivamente como dizem os atletas -, os resultados começaram a aparecer, ainda que pela frente clubes de poderio maior. Fogo de palha, disseram alguns, em especial alguns militantes da mídia raivosa, certamente com problemas psíquicos.

Para tristezas de muitos e preocupações de grande parte dos torcedores tricolores, ainda que INTERINAMENTE, veio o chamamento de dona CBF, o que não deixa de ser um grande reconhecimento pelo trabalho, pela conduta e capacidade profissional. De causar inveja!

No transcurso de 2023 as coisas foram acontecendo, inclusive, com um surpreendente título carioca, altos e baixos no Brasileirão, queda na Copa do Brasil e caminhada obcecada ao 4 de novembro, ops, à GLÓRIA ETERNA.

Não sendo a melhor equipe, porém, a mais sonhadora, a mais dedicada, a mais comprometida, a mais organizada e trabalhada – também abençoada -, o Estádio Mário Filho (um saudoso tricolor, irmão de Nélson Rodrigues) foi palco em 4 de novembro da memorável partida frente ao poderoso BOCA JUNIORS da Argentina e que culminou com a conquista da Glória Eterna pelo tricolor das Laranjeiras. Emocionante. Descomunal.

No mundo do futebol, só o título é valorizado. O vice-campeonato ou uma segunda colocação, por aqui, não é valorizado. Lá fora é diferente. Coisas de países de primeiro mundo. Imaginemos SE… o Boca Juniores houvesse vencido a contenda de 4 de novembro, o que estaria ocorrendo com Fernando Diniz? Com a cúpula do tricolor das Laranjeiras? E mesmo com o seu plantel que, embora vencedor, é recheado de atletas de idades avançadas? Os Deuses do futebol conspiraram e estiveram ao lado do pó de arroz e de seu arrojado planejamento que deu certo. Para o bem do futebol e de pessoas sérias que nele militam!


(Ex-atleta)


FOTOS: Divulgação

N.B.1 – E se o Botafogo não se tornar campeão brasileiro neste ano, como será a avaliação do trabalho executado também com seriedade e que, lamentavelmente, esbarrou em determinados momentos de instabilidade? A avaliação será negativa?

N.B.2 – E se o São Paulo não tivesse vencido a Taça Brasil, com um sério e arriscado plano de trabalho, qual seria a situação e avaliação do clube e do competente Dorival Júnior?

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