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Machucou sim… e muito!

Luiz Alves Lopes (*)

Com muitos boatos e inverdades, venho a público esclarecer que não estou doente e também não fui convidado pelo Clube Atlético Mineiro a participar da inauguração da ARENA MRV, que ocorreu neste sábado, dia 15 de abril de 2023.”

“Devido a minha história de ligação com este clube, as quais as cores sempre defendi com enorme orgulho e garra, conquistando títulos, sendo o segundo maior artilheiro de todos os tempos (com mais de 200 gols) e fazendo parte de tantos outros momentos marcantes, sem dúvida gostaria de ter feito parte deste início de ciclo, que é da inauguração da tão sonhada casa do torcedor atleticano”.

“Independente da decepção, reitero aqui todo meu amor e carinho em ter vestido o manto do Atlético Mineiro, assim como minha identificação com o torcedor, que se mantém inabalável, de forma sempre atenciosa, respeitosa, em uma mútua e honesta troca de sentimentos.”

“Aos atuais gestores do Atlético-MG e equipe responsável pela organização do evento de hoje, meu mais profundo pesar. Afirmo com toda certeza que esta nao é a forma correta de se tratar um ídolo“. (Dadá Maravilha, ex-atacante, campeão do mundo em 1970, campeão brasileiro em 1971 e autor de 211 gols pelo Clube Atlético Mineiro).

Claro, lógico e evidente que o texto da nota dada a conhecer por Dario José dos Santos – DADÁ MARAVILHA – teve o dedo de alguém, o que não desconsidera e  desqualifica uma profunda ou mesmo rudimentar reflexão.

O desporto deste Brasil varonil – o futebol em especial – não é pródigo quando se fala em respeito, consideração, gratidão e reconhecimento em relação a seus antigos ídolos. Os que escreveram ricas e memoráveis páginas do futebol da terra de Cabral, com o passar do tempo são esquecidos, ignorados e até mesmo abandonados.

Raríssimas e honrosas exceções, a posição da diretoria atleticana não difere das demais dos clubes brasileiros, sejam eles grandes, médios e pequenos. De grandes centros esportivos do país e também dos pequenos.

É gratificante ver a torcida do São Paulo empunhar no Morumbi bandeiras com a caricatura de Telê Santana; a do Mengão empunhando bandeiras com caricatura de ZICO; do FOGÃO empunhando bandeiras com caricatura de uma enciclopédia chamada NILTON SANTOS; do Inter de Porto Alegre reverenciando FALCÃO; a do FLUSÃO homenageando Romerito, Castilho, o casal 20 Washington e Assis; a do Machão da GAMA homenageando Roberto Dinamite, o América de Minas fazendo questão de registrar que Jair Bala é ETERNO, etc, etc, etc. Poucos, pouquíssimos registros.

Discretos e em pequeno número, futebolistas brasileiros que se deram bem lá fora aprenderam e vivenciaram hábitos voltados para postura ética e profissional e  que os têm levado a prática de ações meritórias no campo da solidariedade. Lá fora o nível é outro.

O ocorrido com Dario e inúmeros outros futebolistas do Clube Atlético Mineiro sintetiza o desapreço e despreparo de nossos cartolas em relação ao mundo do futebol e de sua gente. Poucos, pouquíssimos se salvam e tentam remar contra a maré.

DARIO, que um dia já foi beija-flor, que fez por anos e anos a alegria da massa, merece(ia) respeito e tratamento condizente dispensado a heróis, ídolos e gente de bem. O GALÃO da massa pisou feio no tomate… machucou, sim, e muito, o coração do velho atleta.

Bom seria se o nosso DADÁ, que tem a simpatia de todos, independentemente de serem ou não torcedores do Galo, projetasse e programasse um PASSEIO lá para as bandas do bairro Campo Grande, na cidade maravilhosa do Rio de Janeiro, lá desfilando em “carro aberto” para deleite dos torcedores do clube, que um dia a ele oportunizou ser atleta de futebol.

É certo e sabido que o “chororô” de Dadá e outros ex-craques atleticanos implicará em mea-culpa da cúpula atleticana que, certamente, buscará uma sábia saída para o imbróglio, consequentemente agendando novas festividades com homenagens para todos os gostos. Feridas se cicatrizarão? O tempo dirá…

(*) Ex-atleta

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

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