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É preciso subir a montanha

Luiz Alves Lopes

Período de carnaval em que tudo ou quase tudo para no país, ocasionando a realização de uma das maiores festas populares do planeta Terra. O paraíso de Cabral recebe gente de todo o mundo. Futebolistas famosos, principalmente, brasileiros que atuam lá fora, costumam ‘forçar’ cartões amarelos e vermelhos para estarem presentes. Afinal, não são de ferro… e são filhos de Deus.

Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Olinda, dentre outras, se veem invadidas por gente de todas as partes do mundão criado pelo PAI Celestial, não importando se lindos ou não lindos, se doutos, cultos ou sábios, porém, com uma única certeza de que se curvarão diante da ginga e da peripécia da gente brasileira. Êta, nóis…

Na Princesa do Vale, a exemplo de tantas cidades de porte médio deste imenso Brasil, considerável percentual de sua população busca nas praias baianas e capixabas o local para passar o período momesco, afora outras alternativas como, por exemplo, retiros e acampamentos religiosos.

Quem fica na cidade – que no passado tinha ‘um senhor carnaval’ – busca alternativas que se apresentam, marcando presenças nos clubes sociais, em determinados espaços púbicos que vão se solidificando a cada ano, afora a criatividade própria do ser humano. Que o digam simpatizantes do Trupico do Lalá!

E também dá tempo para pensar… para constatar, para refletir. E olhando no espelho começamos a nos assustar. A vida passa…

E com a cidade razoavelmente vazia, podemos andar e por ela desfilar de forma irreverente, despretensiosamente mesmo. E nos assustamos com o que vemos, com o que constatamos, e nos assustamos. Um cenário de cortar o coração!

Não somos autoridade. Porém temos sentimentos. Desigualdade social, que não é privilégio de nossa cidade, escancarada está em nível elevado. No centro e nos bairros, debaixo de pontes, marquises e espaços públicos e particulares. O percentual é assustador.

Nosso papo é de boleiro, para boleiros e para integrantes do mundo esportivo do passado, do presente e, querendo, para o do futuro. A norma legal prevê que todos somos iguais em direitos, oportunidades e obrigações.

Há um princípio bíblico que apregoa que ‘devemos subir a montanha’, encontrarmos com o MESTRE, ouvi-lo e não sucumbir à tentação de por lá ficar, descendo ao ponto de partida para colocar em prática os ensinamentos recebidos. E há muito por fazer!

Numa chatice desvairada, que muitos entendem desnecessária, temos insistido na divulgação e pregação de que o Projeto Pingo D’Água busca minimamente orientar, encaminhar e, excepcionalmente, assistir a integrantes do mundo esportivo valadarense (e alguns que por aqui passaram) que se encontram em estado de vulnerabilidade social.

As últimas perdas e acontecimentos levam-nos a refletir sobre o sentido da vida, sobre a caminhada terrestre. Todos temos aqui uma missão. Não somos todos iguais. A somatória de um grupo heterogêneo, diversificado, querendo, muito pode fazer.

Não fiquemos apenas e tão somente nos momentos festivos, por ocasião dos encontros anuais. O ano tem 365 dias e as demandas não são poucas. Há um espaço físico disponibilizado esperando por voluntários e simpatizantes comprometidos.

Independentemente do credo, há no momento atual um chamamento e convocação para pessoas de boa vontade. Na vida fraterna é possível diminuir a miséria e desigualdades. Analogicamente à campanha da fraternidade deste ano (“dai-lhes vós mesmos de comer”), podemos, sim, muito fazer para os nossos em estado de vulnerabilidade social.

O chamamento e convocação é geral, a começar pela CONFRARIA do Bolivar, agora revigorada e reforçada de novos valores. Turma de peso que certamente fará a diferença. Aguardemos!


(*) Ex-atleta

N.B.- Joaquim Gonçalves da Silva – o Joaquim Cocó – e Alcebíades Magalhães Dias – o Cidinho ‘bola nossa’ – como árbitros de futebol e integrantes da linha de frente da arbitragem em Minas Gerais fizeram de tudo e um pouco mais em defesa do Clube Atlético Mineiro.                     Agora, Michel Patrick Costa Guimarães, como bom discípulo de ambos e certamente como atleticano, fez o ‘serviço’ na partida frente à Patrocinense. Sabidamente só em cobrança de penalidade máxima é que o jogo prossegue mesmo vencido o seu tempo regulamentar e acréscimos legais. Repetimos, acréscimos legais… não foi o que ocorreu.

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