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Domingo de reflexão… de prazer e de comprometimento

Luiz Alves Lopes (*)

Domingo é dia de pescaria… Não. Este domingo pode até ter pescaria, pode ter churrasco na chácara ou na fazenda, pode-se curtir uma praia ou mesmo clube social, porém, é momento histórico na vida do brasileiro e do qual ele é o principal ator. E o boleiro também é ator neste crucial e importante momento de nosso país.

Nos níveis mais importantes para a governabilidade e funcionamento das instituições, ocorrem eleições para deputados estaduais, deputados federais, senadores da república, governadores de estados e do Distrito Federal e presidência da República.

Estado democrático de direito, soberania popular, eleições limpas com o cidadão escolhendo seus lídimos representantes, sintetizam um pouco daquilo que foi escrito e lançado na Constituição Cidadã de 5 de outubro de 1988, transcorrido o período de exceção.

O que é política? O que é politicagem?

A política tem sua origem na palavra grega “polis”, que significa cidade. Em tal sentido, determinava a ação empreendida pelas cidades-estados. Assim, faz menção a tudo que está vinculado ao Estado, ao governo e à administração pública com o objetivo final de administrar.

Quanto à politicagem, se constitui de atos que têm por objetivo atender aos interesses pessoais ou trocar favores particulares em benefícios próprios. Valer-se da política para satisfazer interesses pessoais, na maioria das vezes através de troca de favores.

Desiludido, revoltado e decepcionado, de forma equivocada, grande parte de brasileiros não quer ouvir, pensar ou mesmo refletir sobre qualquer assunto que passe pela análise do agente político, colocando todos em uma vala comum, rotulando-os como participantes de uma politicagem rasteira, interesseira e improdutiva. Revoltam-se, esbravejam-se e, sobretudo, omitem-se.

A máxima empregada é que político algum presta. Muito simples. Se efetivamente a politicagem impera em nosso país, somos os maiores responsáveis por tal estado de coisas. Quem escolhe os agentes políticos? Em quem votamos há quatro anos atrás? Acompanhamos seus feitos, suas realizações, projetos apresentados? Fiscalizamos? Cobramos? Solicitamos? Exigimos prestação de contas durante e após o mandato?

Desinformado, de visão míope, o brasileiro, raríssimas exceções, conhece os meandros da vida e da coisa pública, dos embaraços, dos caminhos a serem percorridos para que realizações ocorram e que direitos e obrigações sejam respeitados. Normas constitucionais e administrativas, regra geral, emperram a chamada máquina pública.

O que compete à União? O que é obrigação do Estado? E o que efetivamente é de responsabilidade do gestor municipal? Qual o papel de um deputado estadual? E de um deputado federal? Ah! E de um senador da República? Como chegar ou fazer chegar ao Governo do Estado nossos pedidos e clamores? E quanto ao mandatário maior do país?

Nas Minas Gerais, no leste do Estado, a cidade que um dia já foi princesa se constitui de um dos maiores e mais interessantes colégios eleitorais da terra de brilhantes e conceituados políticos do passado. Inclusive, extraordinárias lideranças da própria cidade.

Eleitorado disputadíssimo, têm seus moradores-eleitores à disposição uma gama qualificada e interessante de nomes que buscam um lugar ao sol na política do Estado e do País, alguns buscando reconduções, outros pretendendo retorno e outros mais ainda buscando um primeiro mandato. Há qualidade e quantidade. O descarte também deve ser considerado.

Afinidades, conhecimentos, linha partidária, experiência, serviços prestados e outros atributos podem e devem contribuir para uma serena e responsável reflexão do brasileiro – do valadarense em especial – neste domingo que pode ter pescaria e tudo o mais, porém, faz por merecer uma real e efetiva participação no processo eleitoral.

Demandas e desafios da cidade e região que não são poucos, são conhecidos. Os atores e seus nomes estão colocados seguindo as normas previstas na legislação eleitoral. Resta-nos comparecer, escolher e depositar o sufrágio nas urnas tidas e havidas como seguras por muitos, porém contestadas por outros tantos. Depois, correr para o abraço, comemorar ou lamentar.

Há de se ter um prazer imensurável e comprometimento na prática cidadã no direito e dever de votar, valorizando tudo aquilo que nos cerca e que diz respeito ao nosso dia a dia e a nossa vida em sociedade. Deve haver prazer na prática de participar do processo eleitoral.

Valadarense, compareça às urnas. Pode fazer e levar sua ‘cola’. Seja comprometido. Valorize sua vida e dos demais munícipes. Ops: mas, atenção, não vai ser possível fazer uso do celular.


(*) Ex-atleta

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

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